Mato Grosso

Wellington e Taques pedem busca e apreensão e quebra de sigilo bancário de Valtenir

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Wellington e Taques pedem busca e apreensão e quebra de sigilo bancário de Valtenir
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os candidatos ao Governo do Estado Wellington Fagundes (PR) e Pedro Taques (PSDB) pediram, nesta sexta-feira (5), que a Procuradoria Regional Eleitoral investigue um vídeo em que o deputado federal e candidato à reeleição Valtenir Pereira (MDB) aparece, supostamente, recebendo dinheiro do coordenador de campanha de Mauro Mendes (DEM), que concorre ao cargo de governador.

As defesas do republicano e do tucano pedem que seja realizada busca e apreensão e quebra de sigilo bancário do deputado e do coordenador de campanha do democrata, Mauro Carvalho. Ainda há o pedido para que sejam analisadas imagens de circuito interno do edifício onde funciona a empresa do coordenador de campanha de Mauro Mendes.

Valtenir alegou, por meio de um vídeo postado em sua página no Facebook, que o fato ocorreu em 2010. De acordo com ele, o dinheiro seria para a organização do “Movimento Mato Grosso Muito Mais”, quando o atual candidato Mauro Mendes, à época, encabeçava chapa ao Governo de Estado.

Valtenir ainda afirma que a intenção do vídeo é prejudicar sua candidatura à reeleição.

Já a defesa de Wellington Fagundes alega que a “história está mal contada, que merece a devida investigação”.

No pedido de investigação, também é questionada a data alegada por Valtenir, uma vez que em março deste ano o postulante à reeleição aparece com a mesma roupa que usou no dia em que supostamente estaria recendo o dinheiro.

No documento, a defesa do republicano alega que há indícios de que o vídeo, na verdade, tenha sido gravado no dia 02 de outubro deste ano. Os advogados do candidato Wellington ainda destacam para a procuradora regional eleitoral Cristina Nascimento de Melo que o episódio pode evidenciar ocorrência de diversos ilícitos penais eleitorais.

“Como se vê, qualquer leigo ao analisar os vídeos e as postagens do deputado verificam que o porte físico, as roupas e sua aparência são idênticas em ambos os momentos, sendo verdadeira “balela” afirmar que o vídeo vazado e as referidas postagens têm diferença temporal de aproximadamente 8 anos. A história contada pelo Deputado não casa com os fatos, nobre procuradora”.

Outro ponto levantado no pedido de investigação é o fato de o dinheiro ter sido entregue a Valtenir pelo coordenador de campanha do democrata, Mauro Carvalho. “O Sr. Mauro Carvalho é velho conhecido das autoridades policiais e eleitorais, visto que possui diversos casos de ‘caixa 2’ sob investigação, bem como já foi citado em delações, como por exemplo do ex-Governador Silval Barbosa”.

Prestação de contas de 2010

A defesa ainda pontua no documento enviado à Procuradoria Regional Eleitoral que, mesmo comprovada a alegação do deputado Valtenir Pereira de que o vídeo é de 2010, o dinheiro pode não ter sido declarado na prestação de contas do PSB, partido do qual o deputado federal e Mauro Mendes já foram filiados.

“Razão pela qual ainda caberia denúncia pelo crime tipificado no art. 350 do Código Eleitoral, isto porque, o seu prazo prescricional é de doze anos, nos termos do art. 109 do CP, ou seja, somente ocorreria no ano de 2022”, alega a defesa de Wellington Fagundes.

Os advogados ainda pontuam que se comprovadas as suspeitas no sentido de que os crimes, em tese, estariam sendo cometidos no ano de 2018, configura-se grave risco à normalidade e legitimidade do pleito.

“Assim como a liberdade do voto, condutas estas que podem e devem levar à cassação do registro dos candidatos envolvidos, assim como inelegibilidade, pela possível arrecadação e gasto ilícitos de recursos bem como captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico”.

A defesa de Pedro Taques também questiona a tempestividade do fato. “Vê-se, portanto, indícios claros de diversos ilícitos eleitorais, que permanecem mesmo que o vídeo não se refira a este pleito, pois poderia configurar, por exemplo, os delitos dos artigos 350 e 299, ambos do Código Penal”.

Outro lado:

Em um pedido de abertura de inquérito protocolado na manhã de quinta-feira (04) no Ministério Público Federal, o deputado federal Valtenir Pereira registrou que Mauro Carvalho não é nem nunca foi coordenador da campanha de Mauro Mendes.

Valtenir explicou que o coordenador-geral da campanha do democrata é o senador Cidinho Santos (PR), sendo que o coordenador financeiro é Francisco Serafim de Barros.

“A toda evidência, portanto, estamos diante de mais uma fake news, razão pela qual pugno na presente oportunidade pela abertura de inquérito criminal para a apuração do crime tipificado pelo artigo 57-H e parágrafos da Lei 9504/97”, diz trecho do pedido.

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