Ainda afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Waldir Teis agora pretende se aposentar. O pedido foi protocolado na Corte no último dia 16.
De acordo com o TCE, o requerimento passará pela Secretaria Executiva de Gestão de Pessoas e, só depois do recesso de fim de ano, deve ser encaminhado para presidência para alguma decisão.
Waldir Teis é um dos cinco conselheiros acusado pelo ex-governador Silval Barbosa de cobrar propina de R$ 53 milhões para aprovar processos de interesse do governo, entre eles alguns voltados às obras da Copa do Mundo de 2014.
Está afastado das funções – assim como os demais – desde 2017, por decisão do Supremo Tribunal Federa (STF). E não é só isso.
Em julho deste ano, ele foi preso na 16ª fase da Operação Ararath, após ser flagrado por um policial federal, em trabalho da ação, tentando destruir folhas de cheques.
Teis foi solto no dia 4 de agosto para cumprir ordem de prisão domiciliar.
LEIA TAMBÉM
- Conselheiro afastado do TCE é preso por tentativa de obstrução da Justiça
- Vídeo mostra Teis escondendo provas
- Waldir Teis é denunciado pelo MPF por tentar esconder cheques milionários durante operação policial
A eventual aposentadoria de Teis deve movimentar os bastidores da política mato-grossense, em especial da Assembleia Legislativa. A indicação de um substituto cabe ao governador Mauro Mendes (DEM) e o principal cotado é o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (DEM).
Mas vale lembrar que Waldir Teis não é o primeiro conselheiro, dentre os afastados, a pedir a aposentadoria. Antonio Joaquim também já tentou e falhou. No caso dele, a intenção era disputar o governo de Mato Groso nas eleições de 2018.
A negativa partiu do então governador Pedro Taques, que entendeu que a aposentadoria poderia de certa forma afetar o processo em trâmite no STF quanto ao afastamento do cargo.