Em Mato Grosso, as aulas presenciais só devem voltar de forma gradual em 2021. Enquanto isso, as aulas pela internet – apesar das dificuldade de acesso – são a alternativa encontrada. Por isso, para os educadores, o maior desafio no próximo ano letivo é conectar as escolas para “recuperar a aprendizagem”.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Fundação Lemann, mostrou que para 55% dos professores entrevistados é imprescindível ter escolas conectadas à internet em 2021.
“Precisamos de ações concretas ainda em 2021, pois a tecnologia veio para ficar na educação. No ano que vem, uma escola conectada vai ser chave para garantir o modelo híbrido que seguiremos tendo. Fomos pegos de surpresa em 2020, mas não podemos terminar o ano sem uma ação significativa”, firma Cristieni Castilhos, gerente da Força Tarefa Educação/Covid-19 da Fundação Lemann.
Segundo os dados do Datafolha, 73% dos educadores dizem que, após a pandemia, vão utilizar mais tecnologia no ensino do que usavam antes. No entanto, menos da metade (45%) dos profissionais consideram a conexão adequada atualmente e quase 30% não têm qualquer sinal internet na unidade escolar.
Mesmo diante dos recentes cortes e a não execução no orçamento da educação no executivo federal, alguns projetos de lei, tanto na Câmara quanto no Senado, tentam mudar essa realidade.
O PL 172/202, que deve entrar na pauta do Senado nesta semana, permite o uso de recursos do Fundo de Universalização de Telecomunicações (Fust) para a ampliação da banda larga em escolas públicas, especialmente na zona rural, com velocidade adequada, até 2024.
“Com o isolamento social e o fechamento de escolas, o ensino remoto foi implementado em caráter emergencial. Em 2021 vamos migrar para um modelo híbrido e temos ainda tempo de nos preparar”.
(Com Assessoria)