Os incêndios florestais na Baía Guató, no Pantanal Mato-grossense, foram retomados nesta quinta-feira (22). Os moradores da região estão preocupados com a situação, porque não há nenhuma movimentação de combate às chamas, que se espalham em uma área de reserva indígena, que passa por litígio na Justiça.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Poconé e membro dos Guardiões do Pantanal, Raul dos Santos, a reserva é o único ponto onde os focos estão sendo registrados com frequência. No restante da região, houve uma redução de 80% no número de incêndios em relação ao ano passado.
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No restante das áreas, onde estão as fazendas, existem equipes de brigadistas e condições de acesso ao Corpo de Bombeiros. Já na baía, a situação é preocupante por conta da densidade da mata e da falta de estradas em condições de uso.
No começo do mês, houve uma situação parecida e a própria mata, ainda verde em alguns pontos, conteve as chamas. Contudo, a estiagem se assevera e os pantaneiros não sabem por quanto tempo as barreiras naturais vão impedir o fogo de se expandir.
O que dizem os Bombeiros?
O Corpo de Bombeiros informou, por meio de nota, que está ciente da situação e que monitora a área há alguns dias. Conforme a instituição, de forma resumida, a situação é de incêndio subterrâneo, que gera muita fumaça e durante o período mais quente do dia as chamas aparecem, entretanto, ao anoitecer e cair de temperatura, retorna ao estado de incêndio subterrâneo.
Nesta sexta-feira (23), os bombeiros militares irão se infiltrar na região do incêndio para um monitoramento e mapeamento de toda a região em solo, para estudar as medidas necessárias.