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Vice-presidente do Creci deve indenizar ex-funcionária por assédio moral

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Vice-presidente do Creci deve indenizar ex-funcionária por assédio moral

O vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT), Claudecir Roque Contreita, deverá repassar R$ 10 mil para a entidade referentes a um acordo judicial, sob risco de ser processado. Conforme notificação extrajudicial do dia 7 de agosto, ele tem 15 dias para pagar o valor.

O dinheiro é referente a uma indenização por assédio moral contra uma ex-funcionária da entidade. O valor já foi pago pelo Conselho, que agora quer ser ressarcido pelo vice-presidente.

Consta na notificação que o montante deve ser corrigido monetariamente. Caso o pagamento não seja feito, o Conselho afirma que vai tomar as “medidas judiciais cabíveis”.

Assédio

Segundo o processo, o caso aconteceu em 2017, quando o profissional encaminhou uma mensagem de cunho sexual, fora do horário de trabalho, para a recepcionista do escritório. Na época, ele era diretor-secretário.

Conforme os prints anexados em processo, Claudecir, que é proprietário da Conttato Imóveis, comentou sobre uma funcionária, dizendo que ela seria lésbica. No entanto, usou palavras ofensivas para se referir ao caso.

Ainda segundo o processo, ao encaminhar a mensagem ele teria errado o destinatário, enviando a mensagem para a própria secretária. Depois, pediu desculpas, dizendo que não sabia usar o aplicativo, por ser “velho”. Disse ainda que, na mensagem, referia-se à namorada de seu primo, que teria o mesmo nome da secretária.

Apesar do horário, pouco depois das 22 horas, a mulher respondeu dizendo que sabia que se tratava dela mesma. Respondeu não ser lésbica e se propôs a auxiliá-lo a utilizar o aplicativo.

O caso foi parar na Justiça do Trabalho. Ela juntou os prints da conversa (confira abaixo) na ação e pediu indenização de R$ 37,5 mil, por assédio moral. Ela ainda aproveitou o processo para pedir condenação da empresa por outras irregularidades trabalhistas.

Consta na ação que ela teve o salário reduzido após passar de secretária da presidência para recepcionista.

Para evitar condenação, o Creci firmou o acordo judicial, com pagamento de R$ 10 mil, pelo assédio. Agora, a entidade quer que o vice-presidente arque com as custas, uma vez que foi devido a suas atitudes que a instituição foi processada.

Outro lado

O LIVRE buscou contato com o empresário por meio do número telefônico registrado no processo. Contudo, não teve retorno até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

Confira os prints da conversa:

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