O vice-governador Carlos Fávaro (PSD) afirmou que as críticas que faz ao governador Pedro Taques (PSDB) são construtivas. Ele tem se posicionado publicamente contra possibilidades de aumento de carga tributária e, na semana passada, criticou o projeto de um novo Fundo Emergencial de Estabilização Fiscal (FEEF), a principal proposta do governador para aumentar a receita no último ano de mandato.

“O ex-vice-presidente José Alencar externava sua indignação quando o ex-presidente Lula aumentava a taxa de juros”, comparou Fávaro, ao ser questionado pela imprensa. “São críticas construtivas. Faço as críticas de forma respeitosa, mas é importante fazer isso”, afirmou, acrescentando que tem uma boa relação com o governador, e que são amigos.

Ele disse que a criação do novo fundo não pode ser uma medida isolada para salvar as finanças do governo. “O cidadão brasileiro não aguenta mais aumento de carga tributária. Eu sei que Mato Grosso vive um momento difícil, medidas amargas precisam ser tomadas, mas aumento de carga tributária por si só é inconcebível. Precisa cortar despesas, enxugar a máquina, mesmo que isso custe popularidade”, defendeu.

Fávaro disse, ainda, que passou todo o mandato fazendo suas observações apenas dentro do governo, mas que agora decidiu tornar públicas suas críticas. “Pontuei internamente por três anos. Mas político hoje precisa se posicionar. Eu não posso deixar de dar resposta à sociedade”, disse.

Aliança com Taques

O vice-governador vinha externando algumas críticas ao governo há alguns meses, e elas se intensificaram depois que ele se lançou como pré-candidato ao Senado, há cerca de 20 dias, na tentativa de ocupar o espaço vago deixado pelo ministro Blairo Maggi (PP), que desistiu da reeleição a senador.

Ele disse que vai se esforçar para manter unido o grupo que hoje apoia o governo, mas que a decisão final sobre a posição do PSD será das bases do partido. “Vou defender a unidade do nosso grupo político”, prometeu. “Há alas que querem continuar com o governador e há alas que não querem continuar. Eu vou ouvira todos. Vamos formar diretórios nos 141 municípios e eleger nova executiva estadual”, disse.

Fávaro, que é presidente do PSD em Mato Grosso, reuniu a bancada na semana passada para estancar uma eventual debandada no período da janela de infidelidade partidária, que vai até 7 de abril. Ele disse que viu com naturalidade a saída do deputado Leonardo Albuquerque, líder do governo Taques na Assembleia Legislativa, que se filiou ao SD na semana passada.

“Alguns saem, outros entram. Filiamos dois prefeitos, e temos a confirmação de Inês de Oliveira, irmã de Dante, que pode ser pré-candidata a deputada”, citou.

 

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