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Vereadores tentam manobrar, mas CPI do Paletó será instalada

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Vereadores tentam manobrar, mas CPI do Paletó será instalada

Ednilson Aguiar/O Livre

Câmara Municipal de Cuiabá

Câmara de Vereadores de Cuiabá: membros da base aliada estariam tentando boicotar a “CPI do Paletó”

Depois de Toninho de Souza (PSD), mais dois vereadores assinaram o requerimento para instalação da CPI do Paletó, que pretende investigar uma suposta quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). Ao contrário do pessedista, Luís Cláudio (PP) e Adevair Cabral (PSDB) não deixaram a base governista na Câmara de Cuiabá.

De acordo com Luís Cláudio, uma reunião realizada depois da sessão de terça-feira (7) deixou definido que os vereadores que apoiam Emanuel poderiam assinar o requerimento. A estratégia é permitir que eles participem das investigações.

Informações de bastidores dão conta ainda de que outro pedido de CPI – que já está sendo chamado de CPI da Lua de Mel – pode ser apresentado pela base de Emanuel. A ideia, neste caso, seria fazer a leitura em plenário deste requerimento antes do apresentado pelos vereadores de oposição.

“A Câmara não pode ter duas CPIs investigando a mesma coisa. O que é lido em plenário primeiro é o que vale. Aquela fala do Renivaldo [Nascimento] de que ‘se um vereador da base me pedir, eu assino’ já entregava isso. Vieram até me pedir assinatura”, revelou um vereador ao LIVRE.

A referência a Renivaldo Nascimento (PSDB) se deve ao fato de o tucano ter afirmado na segunda-feira (6) que assinaria a CPI por entender que a pauta da Câmara estaria “travada” devido a este assunto.

“Espero que eles não queiram atrapalhar. Vamos trabalhar para que a verdade venha à tona. Tomara que eles queiram contribuir e não manobrar os vereadores que querem trazer esclarecimentos para a população”, disse Marcelo Bussiki (PSB), autor do requerimento da oposição.

Já Luís Cláudio negou qualquer articulação da base no sentido de um novo pedido de CPI ser apresentado. Segundo ele e Adevair Cabral, a intenção de suas assinaturas é simplesmente acompanhar de perto o trabalho de investigação.

“Existia uma questão objetiva que era: a CPI não tem legitimidade para investigar um fato passado da vida do prefeito. Isso era meu entendimento. Mas existe também um fato subjetivo que é: apurar se o prefeito tem ou não condições de tocar a cidade por causa daquele vídeo. Já que vai se investigar algo que é subjetivo, eu quero participar para que nada seja analisado com o fígado”, argumentou o vereador progressista.

Instalação
O requerimento com as 11 assinaturas agora precisa ser lido em plenário para que a investigação saia do papel. Após isso, a Mesa Diretora tem prazo de 48 horas para publicar a resolução que instala a CPI. A escolha do presidente, do relator e dos membros titular e suplente ocorre em reunião do Colégio de Líderes.

Autor do requerimento, Bussiki tem prioridade para o cargo de presidente. Já os demais serão escolhidos entre aqueles que assinaram a CPI pelos membros de seus respectivos partidos.

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