Composta por cinco vereadores, a ala de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá planeja lançar um de seus membros como candidato ao comando do município nas eleições de 2020.
A primeira reunião do grupo, do qual faz parte também o deputado estadual Ulysses Moraes (DC), ocorreu na noite dessa segunda-feira (18). No encontro ficou definida ainda a elaboração de um “manifesto pró-Cuiabá”, documento que deve reunir as principais ideias a serem defendidas pelos parlamentares.
Além de Ulysses Moraes, que horas antes da reunião, durante uma entrevista, também já havia admitido a possibilidade de disputar a prefeitura nas eleições do ano que vem, fazem parte do grupo os vereadores Diego Guimarães (PP), Felipe Wellaton (PV), Abílio Júnior (PSC), Marcelo Bussiki (PSB) e Dilemário Alencar (Pros).
“Não temos um nome definido, mas entre esses haverá um candidato a prefeito de Cuiabá”, pontuou Guimarães, segundo quem o grupo também está aberto a pessoas que ainda não fazem parte da política, mas que gostariam de participar mais ativamente e, até mesmo, lançar uma candidatura ao cargo de vereador.
De acordo com Wellaton, a proposta inicial é debater um plano de governo para a Capital, por isso, o manifesto. O texto já está sendo elaborado e, conforme o parlamentar, deve reunir os valores políticos que o grupo compartilha e apontar para o que ele chama de novo modelo de gestão de Cuiabá.
Debate partidário
Ainda segundo Wellaton, nessa primeira reunião os vereadores e o deputado não debateram o fato de cada um pertencer a um partido diferente. Diego Guimarães disse que, só depois que o manifesto estiver pronto é que vai levar o assunto ao Partido Progressista, ao qual é filiado.
“Eu não tenho participado das reuniões partidárias, porque fui praticamente excluído, mas vou convidar o partido a aderir a esse manifesto e, inclusive, deixar o quanto antes a base aliada do prefeito. E, se houve algum convite para o Emanuel se filiar, vou pedir para que esse convite seja desfeito”, disse.
Wellaton também defende que o grupo aguarde. A avaliação dele é que o momento é de consolidar as ideias para, só depois, pensar na questão partidária. Ele cita, entretanto, a possibilidade de uma abertura de “janela” para a troca partidária e de novas fusões de siglas até o início do processo eleitoral.
Leia também:
Com três nomes, MDB já vive rusga interna pela Prefeitura de Cuiabá