Mato Grosso

Vereadores arquivam comissão processante e abrem CPI dos “aluguéis fantasmas”

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Vereadores arquivam comissão processante e abrem CPI dos “aluguéis fantasmas”
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Com o apoio de 19 vereadores, a Câmara de Cuiabá instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar todos os contratos de locação da Prefeitura. O requerimento, de autoria do vereador Chico 2000 (PR) foi apresentado na sessão plenária desta terça-feira (2), ocasião em que os parlamentares também arquivaram, por 14 votos contra 9, o pedido do vereador Diego Guimarães (PP) pela instalação de uma Comissão Processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

A CPI de Chico 2000 e a Comissão Processante de Diego Guimarães tinham o mesmo fundamento: a denúncia de que o município teria alugado, ao custo total de R$ 108 mil, um prédio para o funcionamento da Secretaria dos 300 anos, mas que ele nunca teria sido ocupado. O resultado foi uma sessão acalorada e que precisou ser suspensa em vários momentos pelo presidente da Mesa Diretora, Misael Galvão (PSB).

Parlamentares da ala de oposição ao prefeito chegaram a afirmar que a proposta de Chico 2000 se tratava de uma “CPI chapa branca”, proposta somente para inviabilizar o pedido que já havia sido apresentado dias antes por Diego Guimarães. O vereador republicano negou. Segundo ele, a estratégia da oposição estava equivocada, já que propunha um processo contra o prefeito antes mesmo de haver uma investigação sobre de quem é, de fato, a responsabilidade pelo aluguel “fantasma”.

Líder da bancada governista na Câmara, Luís Cláudio (PP) também garantiu que a intenção não é deixar de investigar o caso da Secretaria dos 300 anos, mas estender a apuração para todos os demais contratos de aluguel da administração municipal. “O que a oposição quer é processar e não investigar. A Câmara optou por investigar”, ele disse.

Integrante do bloco de oposição, Dilemário Alencar (Pros) aproveitou para apresentar um requerimento convocando a atual titular da Secretaria dos 300 anos, Cely Almeida, para dar explicações sobre os pagamentos dos aluguéis feitos pela Pasta. Na última segunda-feira (1), o controlador-geral do Município, Marcus Brito, já esteve no Parlamento falando sobre o assunto. Na oportunidade, ele reconheceu uma falha e garantiu que a própria administração municipal está investigando o caso.

Reação

Também na segunda, o prefeito Emanuel Pinheiro disse que vai processar os vereadores da oposição, nas esferas civil e criminal, pelas acusações contra sua gestão. O emedebista chamou o grupo de “molecada” ao comentar cobranças dos parlamentares para que ele seja incluído nas investigações da Operação Sangria, que apura um esquema de direcionamento de licitações e monopólio em contratos da prefeitura referentes ao setor da saúde.

Já quanto a questão do aluguel, o prefeito disse defender que haja uma investigação. “Pode apurar. Quero que apure. Eu mesmo já abri tomada de contas especial exatamente para poder apurar”, disse, lembrando o afastamento de Júnior Leite, ex-secretário dos 300 anos e de Inovação e Comunicação, do cargo.

“Com relação às leviandades em relação a mim e a minha gestão, vão responder na Justiça”, completou o prefeito.

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