Continua repercutindo nesta semana a suposta tentativa de invasão feita pelo vereador Abílio Brunini (PSC) à casa do prefeito Emanuel Pinheiro, localizada no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) disse nesta segunda-feira (13) que pedirá à mesa diretora da Câmara Municipal de Cuiabá uma profunda investigação do caso.
O prefeito Emanuel Pinheiro registrou boletim de ocorrência sobre o ocorrido, onde destaca que o vereador tentou invadir sua casa. No entanto, o vereador Abílio, que faz oposição ao governo do prefeito, nega que tenha tentado invadir a casa do prefeito e diz que um motorista da residência teria tomado o seu celular.
Segundo Abílio, o prefeito estaria fazendo uma reforma na casa de forma ilegal, já que não teria as licenças necessárias para isso. Conta que os servidores da Prefeitura de Cuiabá receberam a denúncia da suposta ilegalidade da reforma, mas se negaram a fazer a fiscalização depois de saber que a casa pertencia ao prefeito de Cuiabá.
Para Renivaldo, a história precisa ser melhor esclarecida para saber se houve ou não a invasão, por parte de Abílio. Por isso, está pedindo uma investigação sobre o caso.
Em post no Facebook na semana passada, o prefeito reafirmou que sua família foi vítima da invasão de Abílio e publicamente defendeu a prisão do vereador.
Invasão descartada
O delegado Edson Arthur Teixeira Peixoto disse que não há elementos comprobatórios de que o vereador tenha invadido a residência do prefeito, como acusa Emanuel Pinheiro e o motorista Jonai dos Santos. No despacho do B.O. n° 2019.139744, o delegado disse que “não há elementos que comprovem que o mesmo [Abílio] tenha ocorrido em suas práticas, haja vista que, pelo que consta, este não chegou a entrar ou tentar entrar na referida residência, bem como que pelos áudios e pelos vídeos juntados não há menção de ameaça ou injúrias”, destaca.
Já sobre a conduta de Jonai, que tomou o celular do vereador, disse que o mesmo se dirigiu à delegacia e que, diante disso, não caracteriza hipótese de flagrante delito, já que não se amolda ao previsto no artigo 304 do Código de Processo Penal.
Outro lado
Abílio disse que vai aguardar o pedido do vereador Renivaldo à Mesa, para se manifestar sobre o caso.