Edson Rodrigues
O vereador por Cuiabá Orivaldo da Farmácia (PRP) afirma ter sido ameaçado de morte devido à suspeita de que a Câmara Municipal receberia uma suplementação de R$ 6,7 milhões em troca da obstrução de instalação de uma CPI contra o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB).
A afirmação é do próprio parlamentar que, durante a sessão plenária desta terça-feira (3/10), antecipou que vai registrar um boletim de ocorrência. A ameaça teria ocorrido em um grupo de WhatsApp que reúne moradores do bairro Industriário 2, onde Orivaldo mora e tem sua base eleitoral.
“Essa acusação leviana e irresponsável está refletindo lá fora. Aconteceu comigo e com meus filhos. Recebi uma mensagem de um cidadão dizendo que sabe onde o meu filho estuda, onde ele joga bola e que estaria disposto a meter fogo no carro do meu filho por conta dessa situação”, disse o vereador.
A suspeita sobre a suplementação foi levantada em duas ações populares – uma delas protocolada pelo vereador Felipe Wellaton (PV) – que resultaram na determinação judicial para que o repasse fosse anulado.
Os questionamentos ocorreram porque a transferência do dinheiro ocorreu dois dias após a maioria dos vereadores se recusarem a assinar o pedido de investigação do prefeito, flagrado em um vídeo recebendo dinheiro supostamente de propina paga pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As imagens fazem parte do acordo de delação premiada do peemedebista.