Política

Vereador descobre que teria que renunciar ao mandato e desiste do Intermat

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Vereador descobre que teria que renunciar ao mandato e desiste do Intermat
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O vereador Diego Guimarães (PP) desistiu de assumir a presidência do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), depois de receber a informação da assessoria jurídica da Câmara de Cuiabá de que precisaria renunciar ao mandato para ocupar o cargo. Isso porque o Intermat é uma autarquia estadual da administração indireta, e funciona em um regime diferente das secretarias, que permitem que o parlamentar apenas se licencia do mandato para exercer a função.

Diego chegou a participar de um evento de posse, na manhã de quarta-feira (18), porém, segundo a assessoria do parlamentar, como a nomeação não foi publicada no Diário Oficial, o ato não teve validade. Ele aceitou assumir o cargo contra a orientação do presidente do PP, o deputado federal Ezequiel Fonseca, que insiste em seguir na oposição ao governador Pedro Taques (PSDB).

“Agradeço ao governador Pedro Taques pelo convite e pela confiança, mas fico impedido de exercer a função para a qual fui convidado porque a Lei Orgânica do Município determina que é incompatível ao vereador assumir uma autarquia estadual. Caso assuma, automaticamente estaria renunciando ao meu mandato. Decidi recusar o convite porque não posso abrir mão do mandato pelo qual fui eleito com 3.183 votos”, afirmou o vereador, via assessoria.

Diego Guimarães é formado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com especialização em Contabilidade e Gestão Pública, e atualmente cursa mestrado em Direito da UFMT. Ele atua como advogado e professor universitário.

Na Câmara, o vereador faz parte da bancada de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), e foi o responsável pela ação que suspendeu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó – em uma tentativa judicial de impedir que a CPI fosse encerrada pela base aliada do prefeito. Sua ida para o Intermat foi vista nos bastidores como uma manobra para retirá-lo da Câmara e reduzir a oposição ao prefeito, ao mesmo tempo em que aproximaria o PP do governador.

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