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Vendedores ambulantes madrugam para garantir ponto bom na porta do Enem

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Vendedores ambulantes madrugam para garantir ponto bom na porta do Enem

Laíse Lucatelli/O Livre

Enem Unic vendedores ambulantes

Vendedores oferecem comida, bebidas e canetas aos estudantes

Boa parte dos vendedores ambulantes que estavam na porta da Universidade de Cuiabá (Unic) neste domingo (12) madrugaram para garantir um bom ponto de vendas no segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Alguns chegaram antes das 6h. Outros já deixaram a barraca ou carrinho reservando o lugar desde o dia anterior. Os portões fecharam ao meio-dia.

Juliana Assis contou que chegou às 5h para garantir o lugar para vender refrigerante, água e balas. “Se não chegar cedo, não acho um ponto bom”, afirmou. Ela disse que suas vendas foram maiores hoje porque na semana passada ela havia ficado do outro lado da rua. “Mas parece que na semana passada tinha mais candidatos”, observou. Estudante de pedagogia, formada em Serviço Social, Juliana contou que trabalhou como vigilante por quase 10 anos e agora está desempregada. Ela contou que é o primeiro ano que vende no Enem, mas que já levou seu isopor para o concurso da Secretaria de Educação (Sedcu) e o Cemitério do Coxipó, no Dia de Finados. “Não tenho vergonha de trabalhar com vendas. Todo trabalho é digno. Mas quero me formar e dar aulas”, disse.

Elton Assis de Oliveira também está desempregado e decidiu ganhar dinheiro vendendo refrigerante, água, café, salgadinhos e canetas no Enem. A estreia foi no primeiro dia de provas, na semana passada. “Eu observei como os outros vendedores faziam e tracei uma estratégia melhor hoje. Nós nos dividimos e eu fiquei de um lado, enquanto minha irmã ficou de outro. Assim pegamos estudantes vindo de todas as direções”, contou. “E hoje eu cheguei mais cedo, antes das 5h, para pegar um bom lugar”, afirmou.

Laíse Lucatelli/O Livre

Enem Unic vendedores ambulantes

Barracas e carrinhos dividem espaço com caixas de isopor

Mais experiente, Elço Ricardo de Melo vende salgados e refrigerantes em uma barraca no bairro Goiabeiras. Há 3 anos, ele leva seus produtos ao Enem. “As vendas da semana passada foram melhores”, comentou. “Água é o que mais sai. As canetas não venderam bem hoje”, observou. Neste domingo, ele estava acompanhado do filho de 9 anos, Weliton Flaga Amaral Melo. “Quando eu não tiver nenhum serviço, vou vender salgado igual ao meu pai. Já aprendi isso”, disse o menino.

Jeize Schweitzer vende açaí diariamente no centro de Cuiabá. É o segundo ano que ela vende no Enem. Segundo Jeize, as vendas em dias de provas e concursos costumam ser maiores. Ela contou que deixou o carrinho no local no dia anterior e assim conseguiu chegar um pouco mais tarde que os concorrentes: por volta das 8h30.

Dona de uma barraca de açaí na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), também é a segunda vez que Evlin Daiani leva o produto para o Enem. “Já vendi também na corrida de Reis”, disse. Ela contou que chegou às 5h40 para garantir o ponto, e vendeu todo o seu estoque pela manhã. “E estou esperando chegar mais para continuar vendendo na saída da prova”, afirmou. 

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