A China segue na liderança como o principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro. Foi o principal país importador em 2019. Mas, devido a peste suína, as aquisições tiveram uma redução de 12,5% no ano, ocasionando a queda também no valor total das vendas, que passou de US$ 35,44 bilhões, em 2018, para US$ 31,01 bilhões, em 2019.
A queda ocorreu em função do redução do volume importado de soja em grão. Com a peste suína, cerca de 2,6 milhões de porcos acabaram sendo abatidos, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
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Em 2018, a China importou 68,56 milhões de toneladas de soja em grãos brasileiras. No último ano, a quantia diminuiu para 57,96 milhões, redução de 10,6 milhões de toneladas nas importações de soja em grãos brasileira.
Apesar da redução, os envios da soja mato-grossense foram mantidos.
Com o menor volume, o valor adquirido de soja em grão diminuiu de US$ 27,23 bilhões
em 2018 para US$ 20,50 bilhões em 2019. Por outro lado, houve crescimento das exportações de inúmeros outros produtos, que compensaram – em parte – a queda das exportações de soja em grãos.
Outros mercados
Na relação dos 20 principais importadores do agronegócio brasileiro (veja tabela abaixo), depois da China, figuram Estados Unidos, Países Baixos, Japão e Irã.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, três países tiveram crescimento das aquisições acima de dois dígitos: Japão com alta de 57,3%, gerando receita na ordem de US$ 3,34 bilhões, México com alta de 41,3%, movimentando US$ 1,29 bilhão em negócios e a Rússia com alta de 20,3%, cujas comercializações alcançaram US$ 1,27 bilhão.
Segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, no caso do Japão, as exportações de milho foram as responsáveis pelo incremento de dois dígitos nas exportações do agronegócio brasileiro.
Em 2018, o Brasil exportou US$ 40,67 milhões em milho para o Japão (238 mil toneladas). Já no ano de 2019, as exportações de milho subiram para US$ 1,15 bilhão ou o equivalente
a 6,9 milhões de toneladas do cereal.
O incremento das exportações de milho também foi responsável pelo aumento das exportações ao México. As vendas externas de milho para o México subiram de US$ 19,4 milhões em 2018 (129 mil toneladas) para US$ 320,0 milhões em 2019 (1,9 milhão de toneladas).
Já para a Rússia, o produto que teve maior contribuição para o crescimento das exportações brasileiras do agronegócio foi a carne bovina in natura. As exportações do produto subiram de US$ 11,48 milhões em 2018 para US$ 212,59 milhões em 2019.
Juntos os 20 países da lista foram responsáveis pela aquisição de 75,3% dos US$ 96,8 bilhões exportados pelo Brasil em produtos do agronegócio.