Mato Grosso

Especial Eleições 2018 – Saiba o que pensam os candidatos ao Senado sobre aborto

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Especial Eleições 2018 – Saiba o que pensam os candidatos ao Senado sobre aborto

Mato Grosso tem 11 candidatos concorrendo a duas vagas no Senado Federal. O LIVRE entrevistou os postulantes sobre temas polêmicos que tramitam no Congresso Nacional (Senado e Câmara), como a descriminalização do aborto.

Veja, por ordem alfabética, o que cada candidato pensa sobre a legalização do aborto.

Adilton Sachetti (PRB) é deputado federal e concorre pela primeira vez ao Senado. O postulante destaca que já há circunstâncias em que o aborto é permitido por lei, mas evitou opinar sobre a mudança na legislação.

“Envolve questões religiosas e de vida, e acho que a sociedade não está madura, e nem eu, para dar essa resposta absoluta”.

Aladir Leite Albuquerque (PPL) é servidor público aposentado e também é a primeira vez que disputa uma vaga ao Senado. Ele defende que a legislação seja alterada para permitir às grávidas decidirem se querem abortar ou manter a gestação.

“Quem tem que decidir não é Judiciário nem Legislativo, e sim a mulher, porque ela está gestante. A última palavra é da mulher. O Estado não tem que se meter na vida da mulher. A lei tem que dar liberdade, como Deus deu livre arbítrio”.

Carlos Fávaro (PSD) é ex-vice-governador e tenta pela primeira vez ser eleito como senador. O candidato se diz radicalmente contra o aborto. Ele, contudo, diz que o tema precisa ter uma discussão mais ampla, incluindo uma responsabilização aos homens que induzem as mulheres de comer o aborto.

“Nunca vi ninguém discriminar um homem pelo aborto. A imensa maioria dos abortos cometidos neste país é porque as mulheres são abandonadas pelos homens, pois o parceiro não quer o filho, ou se responsabilizar, e a induz a cometer o aborto”.

Gilberto Lopes (Psol) é funcionário público estadual e disputa pela primeira vez uma vaga ao Senado. O postulante diz que defende a realização de um plebiscito e referendo para que a população decida sobre a legalização do aborto.

“O que fosse definido pela população seria seguido”.

Maria Lúcia (PCdoB) é ex-reitora da Universidade Federal de Mato Grosso e é a primeira vez que concorre ao Senado. A candidata defende a realização de um plebiscito para decidir sobre a liberação do aborto.

“Sou católica e contra o aborto, mas não posso levar minha posição pessoal. Há três argumentos fortes no Brasil, um vem da igreja, que é em defesa da vida, o outro é do Estado, que tem obrigação de ouvir a população, e o terceiro é das feministas que tem direito ao seu próprio corpo. Como senadora vou defender o plebiscito. Qualquer país civilizado do mundo faz isso, é preciso ouvir a população”.

Nilson Leitão (PSDB), que atualmente é deputado federal, concorre pela primeira vez ao Senado. O tucano, durante entrevista ao LIVRE afirmou que é contra a legalização do aborto.

“O Brasil não pode fazer leis da qual ele não está preparado para poder conduzir”.

Procurador Mauro (Psol) é procurador da Fazenda Nacional e já disputou diversos cargos políticos, mas pela primeira vez concorre ao Senado. O postulante tem posição pessoal contrária ao aborto, mas diz que o tema deve ser discutido por consultas populares.

“Assuntos polêmicos devem ser discutidos por plebiscito ou referendo, porque não podem ser decididos em gabinetes. Temos que avançar na democracia”.

Sebastião Carlos (Rede) é advogado e é a primeira vez que disputa um cargo eletivo. Quanto à legalização do aborto, o candidato defende que é a mulher quem deve decidir o que fazer com o “próprio corpo”, mas não descarta a possibilidade de um plebiscito.

“Essa proibição é uma proibição hipócrita porque se encaminha para clínicas clandestinas em que se morre tanto o feto quanto a mulher”.

Selma Arruda (PSL) é juíza aposentada e pela primeira está em uma disputa eleitoral, sendo então candidata ao Senado. Ela se posiciona contra o aborto, apesar de defender que a mulher tenha o direito de cuidar do próprio corpo.

“Da mesma forma que ela tem direito sobre seu corpo, ela tem o dever de se cuidar, de se prevenir para não engravidar. Não só ela, o homem também. Eles devem tratar isso com responsabilidade, pois o aborto não é caminho ou solução para nada, é assassinato. Óbvio que já existe na lei hipótese em que o aborto é permitido, quando fruto de estupro, quando não há perspectiva de vida depois do nascimento”.

Waldir Caldas (Novo) é advogado e pela primeira vez entra no pleito para o cargo de senador. O postulante diz que o aborto deve ser autorizado apenas quando houver risco de vida para a grávida ou em casos de estupro, bem como em fetos anencefálicos.

“Fora dessas três hipóteses, somos redundantemente contra. Somos pela vida”.

Jayme Campos (DEM) também foi convidado a participar da série de sabatinas realizadas pelo LIVRE, mas foi o único que não marcou presença.

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