A Prefeitura de Várzea Grande abriu novos leitos para atendimento na rede estadual contra a pandemia, mas sem a contratação de mais médicos. A habilitação de novas vagas ocorreu, segundo a Secretaria de Saúde do município, devido a um crescimento de 40% na demanda de pacientes.
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) diz, no entanto, que três profissionais contratados passaram a cumprir uma escala que deveria ter, pelo menos, cinco médicos.
A prefeitura abriu 10 novos leitos em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 22 em enfermaria.
“Os médicos na linha de frente no pronto-socorro estão extremamente estressados. Apesar da UPA (Unidade Pronto Atendimento) estar como referência para covid-19, continua sendo porta de entrada [para atendimento geral]. E a prefeitura anuncia mais leitos, mas sem equipe médica”, disse o presidente do sindicato, Adeíldo Lucena.
O que diz a prefeitura?
A Secretaria de Saúde de Várzea Grande disse que contratar mais profissionais estava em seus planos, mas não haveria médicos disponíveis no mercado de trabalho.
“O reforço no atendimento das estruturas de saúde em decorrência da covid-19 acompanha uma série de medidas, sendo uma delas a contratação de novos profissionais da área. Ocorre que não existem profissionais disponíveis no mercado”, diz trecho da nota.
Ainda segundo a prefeitura, a abertura de novos eleitos faz parte do Plano de Contingência firmado entre o governo de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande.
O município ficou responsável pelo atendimento de casos não covid-19, com a obrigação de abrir duas unidades de urgência e emergência (hospital pronto-socorro e UPA Ipase) de forma temporária para atender a demanda crescente por leitos e atendimentos.