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Variante Delta: o que se sabe sobre a mutação mais contagiosa do coronavírus?

Mutação do vírus já foi identificada em 100 países e é considerada altamente contagiosa

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Variante Delta: o que se sabe sobre a mutação mais contagiosa do coronavírus?

A chamada variante Delta do coronavírus já foi detectada em mais de 100 países – incluindo o Brasil – e continua a se espalhar rapidamente. Espera-se que, nos próximos meses, ela se torne a variante dominante no mundo.

Por ser altamente contagiosa, ela está causando novos surtos, principalmente entre pessoas não vacinadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a variante é responsável por 83% dos casos de covid-19.

Mas o que os especialistas sabem até agora sobre a variante Delta?

1. Diferença

Atualmente, existem milhares de variantes do vírus que causa a covid-19 circulando no mundo. No caso da Delta, ou B.1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia em dezembro de 2020, o vírus passou por alterações genéticas que o permitiram ser mais transmissível.

Dados publicados pelo governo britânico indicam que a Delta é entre 40% e 60% mais contagiosa do que a variante Alfa (detectada na Inglaterra) e quase duas vezes mais transmissível do que a cepa original, identificada em Wuhan, China.

Uma das transformações que permitiram que ela se propagasse com mais facilidade foi na proteína S, ou spike, a parte com a qual se liga às células humanas.

2. Por que tão contagiosa?

Além da maior eficiência na transmissão, há outros fatores que influenciaram na rápida disseminação dessa variante pelo mundo. As brechas no controle de fronteiras e nas medidas de isolamento foram parte desses motivos.

Outro fator importante foi a distribuição desigual de vacinas em todo o mundo, permitindo que a variante se espalhasse mais em populações pouco imunizadas.

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3. Quais são os sintomas?

No Reino Unido, onde foi registrado que a variante delta foi dominante no mês de junho, os sintomas mais comumente relatados foram dor de cabeça, dor de garganta e coriza.

O professor Tim Spector, epidemiologista da universidade King’s College London, explica que os jovens infectados com a Delta podem sentir “como se tivessem um forte resfriado”.

Segundo o pesquisador, sintomas clássicos da covid-19 estão se mostrando menos comuns com esta variante, como perda do olfato e paladar, tosse e febre, de acordo com dados registrados por pacientes em um aplicativo desenvolvido por sua equipe.

4. Vacinação e infecção

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos afirma que a maior disseminação de casos graves está ocorrendo em locais com baixas taxas de vacinação. No entanto, pessoas totalmente vacinadas também podem pegar e transmitir o vírus a outras pessoas.

Por isso, é vital que as pessoas sejam totalmente vacinadas, de forma a obter o máximo de proteção contra variantes existentes e emergentes. Enquanto isso, os cientistas continuam a trabalhar no aprimoramento das vacinas existentes para que elas possam proteger contra todas as mutações.

6. Dose de reforço?

Por enquanto, não há dados que sustentem a necessidade de uma dose de reforço para a população em geral. Estudos indicam que a vacinação como está gera uma resposta imunológica duradoura, com proteção estimada em meses e até anos.

Mas diante de variantes mais contagiosas como a Delta, os cientistas dizem que mais pesquisas são necessárias para responder à possibilidade de uma vacinação de reforço.

7. A Delta é mais perigosa para as crianças?

Nos Estados Unidos, houve nos últimos meses, relatos de um aumento gradual no número de crianças hospitalizadas com covid-19. Isso levantou a hipótese de que a altamente contagiosa variante Delta pudesse ser responsável. Mas, até o momento, não está claro se a Delta está causando um aumento nos casos pediátricos ou se essa variante causa uma doença mais grave em crianças.

8. Como reduzir o risco de se infectar com a Delta?

Especialistas destacam que, com o que se sabe até agora sobre a Delta, é necessário continuar com estratégias de prevenção para reduzir sua transmissão.

Por enquanto, a melhor proteção é a vacinação.

(Com informação da BBC)

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