Em 2020, após os efeitos iniciais da pandemia, os consumidores voltaram a atenção para suas casas e a demanda por obras e reformas atingiu um alto patamar. A expectativa de crescimento no faturamento se concretizou em 2021 e deve se manter no próximo ano.
Os bons resultados, todavia, foram puxados, principalmente, por preço e não por volume. Essas são as conclusões de um compilado de estudos e pesquisas da Juntos Somos Mais, detentora do maior ecossistema de construção civil do país.
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O setor ds construção civil foi mais impactado que a média na crise econômica de 2015 e 2016, quando o PIB do Brasil caiu quase 7% e o PIB da construção civil caiu aproximadamente 20% no mesmo período. Por conta disso, 92% das indústrias indicavam que 2020 seria pior que 2019. No entanto, ao final do ano passado, a percepção havia se alterado.
No mesmo passo, 89% indicaram, portanto, que 2021 seria melhor do que 2020. E à medida que o ano se aproxima do final, o otimismo se sustenta. Para 67% das indústrias, o faturamento neste ano deve crescer por volta de 20%, na comparação com o ano passado.
“A estimativa é que o setor de materiais de construção termine o ano com crescimento de 5% em volume, mas aumento maior, por volta de 28%, no faturamento devido ao efeito da inflação do setor”, afirma Ivan Ormenesse, responsável pela área de Inteligência de Mercado da Juntos Somos Mais.
E o que esperar de 2022?
Apesar dos ventos contrários e de toda a instabilidade causada pelo período eleitoral, o setor, num geral, está otimista. O índice de confiança da FGV, em outubro de 2021, ficou em 96.1, nível mais alto desde fevereiro de 2014.
A pesquisa da Juntos Somos Mais com as indústrias participantes do seu ecossistema indica que elas esperam crescimento por volta de 10% em faturamento, sendo que 38% esperam mais que isso e outros 38% até esse percdentual.
“Historicamente, o setor da construção civil é mais impactado com as instabilidades econômicas e, apesar de 2021 não ter apresentado o mesmo crescimento que tivemos em 2020, foi um ano positivo. Os números mostram a resiliência de um setor que se adapta rapidamente e consegue crescer mesmo em momentos de adversidade”, aponta Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais.
Para 2022, a empresa trabalha com números de 11% de crescimento em receita e 2% de crescimento em volume para o varejo de material de construção.
(Com Assessoria)