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Vai abrir um negócio? Listamos 5 dicas para você não quebrar a cara

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Vai abrir um negócio? Listamos 5 dicas para você não quebrar a cara
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Dominar a máquina de costura, se a ideia é abrir uma oficina de reforma de roupas; saber dosar todos os ingredientes, se a proposta for vender bolos; ter dom para as artes plásticas, se você quer viver de pintar quadros.

Mas entender do ofício que se pretende executar é só o primeiro de 6 passos fundamentais que quem quer – ou precisa – abrir o próprio negócio tem que dar para que o sonho de ser empresário não se transforme no pesadelo de viver para pagar boletos.

É o que afirma a consultora de negócios e especialista em finanças Camila Rossi.

Então, antes de pensar no nome da empresa e sair comprando o maquinário necessário para os primeiros produtos, a dica é: faça um plano de negócios!

“Você vai pesquisar e vai ser mais assertivo na hora de decidir o que fazer. Ele engloba tudo, até a parte do local onde vai ser sua empresa. Hoje, em Cuiabá, as pessoas ligam e a primeira coisa que perguntam é: ‘tem estacionamento?’. Isso é um diferencial”, ela exemplifica.

E para ajudar a estruturar esse caminho que você precisa seguir, Camila e o LIVRE listaram os 5 outros passos fundamentais para quem vai abrir uma empresa.

É comum precisar de uma ajudinha para alavancar o seu negócio, principalmente no início em que se faz necessário planejar tantos investimentos . Nesse caso, faça uma boa pesquisa, encontre uma empresa de crédito confiável e realize um empréstimo com garantia, esse pode ser o primeiro passo para o sucesso do seu negócio como MEI.

Camila Rossi sustenta que, com planejamento, as chances de dar errado são bem menores (Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

1 – Saiba que público você que quer atingir

Vender ou prestar serviço para “todo mundo”, segundo Camila Rossi, não é uma opção. Primeiro, dificilmente você conseguiria atender essa demanda. Segundo, nem “todo mundo” pode estar interessado no seu produto.

Não saber quem compraria o que você está vendendo, portanto, te faz perder energia – e muitas vezes dinheiro – com algo que não vai trazer resultado. Dificulta, inclusive, o processo de criar e aprimorar o produto ou serviço que você vai oferecer.

“Eu vejo que muitos empresários errando nisso. Qual é o seguimento de clientes? É da classe A, B? São mulheres, homens, idosos? Sabendo isso, o empresário sabe qual será seu foco”.

E, segundo a consultora, não adianta só saber quem, mas também quanto essa pessoa está disposta a gastar. É o chamado ticket médio. Assim você não erra no preço do que vai vender.

2 – Entenda os custos de se ter uma empresa

Mesmo quem vai começar um negócio em casa, por exemplo, comercializando algo que já faz por diversão, vai ter gastos adicionais. E esses gatos precisam estar embutidos no preço desse produto.

“Se for uma fábrica de bolo, pode ser que essa pessoa receba uma conta de energia mais alta. Ela vai usar mais o forno elétrico, vai usar mais o ar-condicionado para refrescar o ambiente, até a geladeira vai trabalhar mais”, exemplifica Camila.

Quem não mensura esses gastos acaba cobrando barato demais pelo produto ou serviço vendido e, no final das contas, não vê lucro no novo negócio.

3 – Você precisa de capital de giro!

Camila Rossi afirma que uma situação é comum a muitos empresários “de primeira viagem”: são pessoas que foram demitidas ou saíram de seus empregos e resolveram abrir o próprio negócio.

“Geralmente, essas pessoas pegam todo o acerto com a empresa em que trabalhavam para investir. Só que eles acabam usando o dinheiro para comprar os equipamentos que precisam, por exemplo, para fazer os bolos e esquecem da matéria prima. Esquecem também que vão precisar esperar um mês até receber o lucro dessas vendas”.

Portanto, separar uma parte desse capital inicial para manter a empresa e aguentar o período de início dos trabalhos – que não costuma ser fácil – é fundamental para não se deixar abater com as dificuldades que, com certeza, vão surgir, segundo a consultora.

4 – Saiba quanto vai ser o seu salário

Esse, segundo Camila Rossi, é o erro mais comum e o que mais contribui para o fechamento de uma empresa.

“A pessoa não define um pró-labore, mas toda hora está pegando dinheiro”, ela diz.

“Chega a conta da energia, ele paga na conta da empresa; chegou a mensalidade da escola do filho, paga na conta da empresa. Acaba virando uma bagunça. E, no meio dessa bagunça, o próprio empresário se desmotiva. Ele não vê a cor do dinheiro e nem percebe que está tirando o capital de giro que a empresa precisava”, ela completa.

Quanto é necessário para manter suas despesas pessoais, Camila ressalta, todo mundo é capaz de definir. Sendo assim, é desse número que, quem vai começar um novo negócio, precisa partir para descobrir quanto vai ter que lucrar com essa empresa que está abrindo.

“Quem não sabe o que quer, comemora o que vier. E não dá para abrir uma empresa só para pagar boletos e ficar doido. Tem que ser empresário para ter sucesso, uma empresa consistente, que tenha lucro e que atenda suas necessidades”.

5 – Tenha uma estratégia de divulgação

“Como as pessoas vão saber que você abriu uma empresa?”, é a pergunta que você precisa responder, segundo Camila.

Com a democratização do acesso a internet, as redes sociais são o caminho mais fácil. Mesmo assim, de acordo com a consultora, é preciso criar uma estratégia de como apresentar seu produto e ter um mínimo de noção de como a mensagem chega a quem interessa.

“Em geral, as pessoas primeiro abrem para ‘ver o que vai dar’. Mas elas precisam entender um pouquinho do processo para não quebrar a cara, não ter nenhuma decepção no meio do caminho”, ela alerta.

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