A campanha de vacinação contra a covid-19 em Cuiabá deve começar apenas no próximo mês de março, mas o planejamento de logística da Secretaria de Saúde indica alguns números de como a imunização será realizada.
A Vigilância Epidemiológica busca ampliar o estoque de armazenamento de doses para dar condições de receber lote maior do Ministério da Saúde. Hoje, a rede de saúde dividida em quatro regiões tem condições de estocar 80 mil doses, com acompanhamento de soro e diluente.
Esse volume fracionaria a campanha em até sete etapas de 80 mil vacinações por vez, considerando simplesmente a população de 612 mil habitantes – modo de operação seguirá o plano do Ministério da Saúde por grupo prioritário.
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Conforme coordenadora da Vigilância, Valéria de Oliveira, a Secretaria de Saúde avalia a compra de outros três refrigeradores que elevariam o estoque para 120 mil. E a negociação deve ser concluída antes do início da campanha.
“Nós temos uma central da qual fazemos a logística de qualquer campanha de vacinação. Hoje, nas quatro regiões de saúde de Cuiabá, temos 64 postos de vacinação na atenção básica, e o plano é utilizar todos esses pontos. Para isso, termos que também aumentar o número de vans refrigeradas de duas para quatro, cada um sendo responsável por atender uma região”, explica.
A secretaria ainda não sabe qual vacina irá receber do Ministério da Saúde. Contudo, a produzida pela Universidade Oxford, junto com a farmacêutica Pfeizer, não está nos planos, visto que ela exige uma manutenção de refrigeração em 70 graus negativos.
“Os refrigeradores que estamos pesquisando é para a manutenção de vacina em situação padrão, digamos assim, entre dois e oito graus negativos. As vacinas são mantidas nessa temperatura”, pontua a coordenadora.
Questionada sobre o início da campanha, Valéria de Oliveira afirma que as informações recebidas até o momento do Ministério de Saúde são “preliminares”, o que significa que a situação pode mudar de um dia para outro.
Mas a expectativa é de que o município tenha condições de dar início à imunização a partir de março, dependendo do formato das remessas que serão liberadas.