Mais da metade (53%) das cidades brasileiras já iniciaram a vacinação de pessoas sem comorbidades e abaixo dos 60 anos de idade. É o que aponta a 12º edição do levantamento semanal feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Entre as cidades que já avançaram a vacinação sobre o “público geral”, 71% estão vacinando pessoas acima de 55 anos; 19% estão vacinando quem tem mais de 50; e 9% já começaram a aplicar a vacina em pessoas abaixo dessa faixa etária.
A 12ª edição do levantamento ouviu 3.129 gestores municipais.
O levantamento também mostra que 47% dos municípios iniciaram a vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades.
Vacinas mais usadas no Brasil
A vacina mais utilizada no Brasil ainda é a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, com matéria-prima enviada pela China. Mais de 50% dos municípios que responderam à pesquisa disseram utilizá-la.
Em segundo lugar, 42,1%, aparece a Pfizer, que teve sua distribuição intensificada no Brasil depois de alterações na forma de refrigeração. O imunizante que antes precisava ser mantido em temperaturas abaixo de zero, agora, pode ficar até 31 dias em refrigeração comum.
Na edição passada da pesquisa, 30,6% dos gestores que responderam afirmaram já ter recebido a vacina da Pfizer.
Retomada das aulas
Esta edição do levantamento também pesquisou as medidas que estão sendo adotadas pelos municípios para a retomada das aulas presenciais.
O início da vacinação dos profissionais de Educação foi apontada por cerca de 79% dos entrevistados. Em seguida aparece a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), com 69%.
Em 62% das cidades, estão sendo adotadas medidas para adaptar a estrutura das escolas; e a aquisição de testes de covid-19, foi apontada como uma das iniciativas por 41% dos municípios.
Já 9% dos gestores apontaram que ainda não adotaram medidas para a retomada das aulas presenciais.
Terceira onda?
Nesta semana, 51,4% dos gestores municipais apontaram crescimento no número de pessoas infectadas. Em 28,4% dos municípios, o cenário se manteve estável. Já 15,3% apontaram queda.
Em relação ao número de óbitos por covid-19, 26,6% apontaram aumento, 48% estabilidade e 20,2% queda nesta semana.
As medidas de restrição de circulação ou atividades econômicas estão mantidas em 74,2% dos municípios pesquisados.
Falta de equipamentos, remédios e vacinas
O levantamento desta semana também mostrou que 743 municípios (23,7%) alertaram para o risco de faltar o chamado “kit intubação”.
Nas edições anteriores, esses percentuais foram de 25,4%, 23,2% e 16,3%.
Esse risco atinge especialmente as cidades de médio porte, conforme a CNM.
Já no caso das vacinas, o risco de faltar doses caiu. Nesta semana, 462 (14,8%) dos municípios responderam que ficaram sem imunizante. Desse total, 304 relataram terem ficado sem vacinas para aplicar a primeira dose e 257 para a segunda.
A Coronavac ainda é a vacina com maior necessidade para completar o esquema vacinal da população. Quase 76% dos gestores apontaram a falta dela.
(Com Assessoria)