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Usina fotovoltaica é instalada no meio do Pantanal Mato-grossense

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Usina fotovoltaica é instalada no meio do Pantanal Mato-grossense

Karina Cabral/O Livre

Usina fotovoltaica

Usina fotovoltaica no meio do Pantanal Mato-grossense: são 1.260 painéis, instalados em 3.600 m²

Uma fonte de energia limpa no meio do Pantanal, respeitando o fluxo das águas do bioma e com capacidade de fornecer energia para 309 famílias, de quatro pessoas cada uma. Parece algo que só seria possível no futuro, mas o Pantanal mato-grossense recebeu nesta segunda-feira (13) sua primeira usina fotovoltaica.

Um investimento de R$ 5,1 milhões, realizado pelo Sesc Pantanal, que abastecerá 60% da necessidade elétrica do Hotel Sesc Porto Cercado.

O empreendimento usará um recurso abundante no Pantanal: o sol. E foi construído sendo pensado em cada detalhe do bioma, como o respeito ao movimento das águas.

“No Pantanal a gente tem que respeitar as águas, as águas são predominantes e a gente não tem o direito de barrá-las; então, fizemos plataformas elevadas, para que não permitisse que o fluxo de água atrapalhasse a geração”, disse Irineu Teódulo, responsável técnico da construção da usina.

O projeto foi desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), através da fundação de Apoio e Desenvolvimento da Universidade (Uniselva). O responsável pelo projeto foi o professor José Afonso Botura Portocarrero.

“Esse caso aqui foi excepcionalmente desafiador, porque eles tinham um prazo, a tecnologia solar já estava aqui e havia a necessidade de fazer essa implantação de maneira que não alterasse o regime de águas do Pantanal”, disse o professor.

São 1.260 painéis, instalados em 3.600 m², que juntos gerarão energia suficiente para abastecer 60% do consumo do hotel, mas com possibilidade de aumento no futuro.

Em Cuiabá, o Centro Sebrae de Sustentabilidade já é todo abastecido por energia solar. Segundo o professor Portocarrero, a UFMT também está interessada em ampliar essa possibilidade de energia solar para a instituição e inclusive já existem estudos para que isso venha a acontecer.

“Eu acho que esse é um caminho para o futuro. A gente não pode mais ficar gastando toda essa energia fóssil, até mesmo a hidrelétrica, se a gente pode reduzir esse custo com energia solar. É um caminho de comunhão com a natureza”, disse Portocarrero.

Todas as unidades do Sesc do Brasil já promovem uma política de reaproveitamento, mas esta é a primeira usina fotovoltaica da instituição.

Segundo Irineu Teódulo, o motivo da escolha de Mato Grosso se deu pelo fato de o Sesc Pantanal ser um polo de educação ambiental.

Em outubro, o LIVRE foi à unidade e conheceu vários dos projetos de reaproveitamento. Com mudanças de hábito, eles conseguiram reduzir quatro toneladas de resíduos por mês.

A supervisora geral do Sesc Pantanal, Christiane Caetano, disse que uma das maiores preocupações do Sesc é a questão da sustentabilidade. E que o lançamento da usina poderá sensibilizar outras instituições e a sociedade sobre a importância de buscar alternativas de energia limpa.

“É uma alegria muito grande, é uma colaboração que nós fazemos para Poconé, essa região e para o Brasil. É um exemplo que o Brasil deve seguir”, disse Antônio Oliveira Santos, 92 anos, presidente do Conselho Nacional do Sesc e presidente da Confederação Nacional do Comércio.

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