A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovou, nesta quarta-feira (23), o pedido de impeachment do Governador Wilson Witzel (PSC). Ao todo, 69 parlamentares votaram, mas nenhum votou a favor de Witzel.
A votação é o primeiro passo para o afastamento definitivo do governador, agora o processo será votado em Tribunal Misto formado por cinco deputados e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça que decidirão o futuro do governador.
O que motivou o pedido
O pedido de impeachment se baseou na denuncia de improbidade administrativa e mau uso do dinheiro público na Saúde em meio à pandemia do coronavírus. As denúncias surgiram com base nas operações Placebo e Favorito, onde foi encontrado evidências de corrupção.
O governador ainda é acusado de receber propina das empresas ligadas ao esquema através de contratos falsos firmados com o escritório da primeira-dama Helena Witzel. De acordo com as acusações, o governador teria recebido pelo menos R$ 554,2 mil.
Brigas com Bolsonaro
Mesmo tendo usado o nome de Jair Bolsonaro na campanha, a relação dos dois não demorou a amargar e ambos tornaram-se adversários. O atrito entre eles ainda se intensificou em 2020.
O presidente Jair Bolsonaro alega que Witzel teria ambições de sucedê-lo na Presidência, nas eleições de 2022. O governador do Rio de Janeiro ainda teria começado uma perseguição contra deputados da Base de Bolsonaro no Rio de Janeiro.