Apontado como um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso, Luciano Mariano da Silva, conhecido como Marreta, enviou uma carta à diretoria da Penitenciária Central do Estado (PCE), onde cumpre prisão.
Na carta, escrita de próprio punho, Marreta informou que não quer mais a vida do crime. Ele afirmou ser “um homem de Deus” e pediu sua transferência para a ala evangélica da PCE. Ainda, pediu uma bíblia e uma harpa cristã.
Marreta, que antes estava no Raio 5 da unidade, está preso em uma cela de segurança, segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Ele foi transferido depois que confessou ter assassinado o companheiro de cela Paulo Cesar dos Santos, conhecido como Petróleo.
O crime aconteceu em 26 de outubro, porque, segundo o assassino, ele tinha medo de morrer e temia que o colega fosse informante da polícia. Petróleo também era um dos líderes da facção em Mato Grosso.
Tanto a vítima quanto o assassino foram presos pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) na Operação Assepsia, deflagrada em junho. A operação apurou a entrada de celulares na PCE e resultou em outra megaoperação de limpeza na unidade.
De acordo com a Sesp, o pedido de transferência de Marreta ainda vai ser analisado pela direção. Também porque o presidiário é considerado “de alta periculosidade”, conforme a secretaria.
Marreta já foi condenado a mais de 93 anos de prisão.