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Um ano e meio depois, Assembleia barra empréstimo de R$ 800 milhões para o VLT

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Um ano e meio depois, Assembleia barra empréstimo de R$ 800 milhões para o VLT
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O projeto que autoriza um empréstimo R$ 800 milhões para a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi barrado na Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Execução Orçamentária, nessa quarta-feira (31), cerca de um ano e meio depois de chegar à Assembleia Legislativa. A obra foi iniciada em 2012 e está paralisada desde o fim de 2014.

O relator do projeto, Daltinho de Freitas (SD), foi contrário ao empréstimo pelo fato de o governo de Pedro Taques (PSDB) estar no fim. “Não é correto autorizar a contratação de tamanho crédito em final de governo, considerando que a conta ficará para ser paga pelos futuros administradores do Estado”, disse. “A inconclusão desse projeto tornou-se um vexame nacional para Mato Grosso. Temos a certeza de que é possível concluir o VLT com custos menores”, afirmou.

O vice-líder do governo e idealizador do empréstimo, Wilson Santos (PSDB), concordou com o recuo. Ele era secretário de Cidades e responsável pela retomada da obra quando negociou o financiamento junto à Caixa Econômica Federal.

“É até uma questão de coerência, até mesmo porque o governador eleito, Mauro Mendes, já pediu à sociedade o prazo de um ano para avaliar a viabilidade e os meios necessários para a conclusão do VLT”, disse o tucano.

O empréstimo foi negociado em maio de 2017 e, em agosto, a obra foi alvo da Operação Descarrilho, da Polícia Federal, que investiga fraudes na licitação e contrato do VLT em Cuiabá e Várzea Grande.

Financiamentos

O VLT foi contratado pelo valor de R$ 1,477 bilhão em 2012, e paralisado no final de 2014. O acordo firmado entre o atual governo e o consórcio VLT Cuiabá no final de março estabeleceu o valor de R$ 1,988 bilhão para concluir a obra. Antes da paralisação, foram pagos R$ 1,066 bilhão em medições, ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa.

Para construir o VLT, Silval contraiu dois empréstimos que somam R$ 1,151 bilhão, e o restante viria do caixa do Estado. Com o novo financiamento, não seria mais necessário usar recursos do Tesouro.

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