Passado um ano de convivência com a covid-19, a maioria dos brasileiros (74%) vê a situação piorando ao invés de – como se esperava um ano atrás – melhorar. Entre as principais preocupações está o dinheiro que entra na conta todos os meses e a vida social.
Para 58% da população brasileira, as finanças e as relações interpessoais foram afetadas negativamente nesse período.
A região Centro Oeste é a exceção quando se trata de finanças. Aqui 51% dos moradores viram seus rendimentos serem afetados pela pandemia.
Os dados são de um levantamento inédito feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgado nesta terça-feira (16).
“É preciso considerar que o agronegócio é a principal atividade da região e esse setor praticamente não foi atingido pela crise sanitária”, afirma o cientista político e sociólogo Antônio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe – instituto de pesquisa da Federação.
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Vacina
A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 7 de março de forma online. Três mil participaram respondendo as perguntas.
E, embora o Centro Oeste sai ganhando no quesito finanças, na ocasião da pesquisa, a região era a que possuía o menor índice de pessoas vacinadas, apenas 2% da população.
Um percentual que, em partes, poderia ser explicado por outro: 19% das pessoas entrevistas no Centro Oeste disseram não confiar na vacina.
Entre os brasileiros, num geral, 81% reclamaram do ritmo da vacinação, considerado insatisfatório e lento pela falta de um melhor planejamento para atender a demanda.
Vida social
Mas se dinheiro não é problema para uma boa parte de quem vive na região, a vida social é. A pesquisa também mostrou que 59% das pessoas que vivem no Centro Oeste identificaram mudanças na saúde mental e emocional por causa da pandemia.
Entre 28% delas, principal o desejo – assim que a situação sanitária for controlada – é encontrar familiares e viajar.
Outros 22% pretendem se mudar para uma cidade mais tranquila do que a vivem atualmente.
Mais um dado importante é que 57% desses entrevistados avaliam que o trabalho dos governos estaduais e da prefeitura do local em que vivem tem ficado aquém do necessário para evitar aglomerações.
(Com Assessoria)