O setor de Turismo perdeu 49,9 mil estabelecimentos por causa da pandemia de covid-19 entre março e agosto deste ano. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) e foram divulgados nesta segunda-feira (5).
Segundo a instituição, o surto de covid-19 afetou empreendimentos de todos os portes. Os mais prejudicados, porém, foram os micro (-29,2 mil) e pequenos (-19,1 mil) negócios.
Regionalmente, todos os Estados e o Distrito Federal registraram redução no número de unidades ofertantes de serviços turísticos. Mas a maior incidência está em São Paulo (-15,2 mil), Minas Gerais (-5,4 mil), Rio de Janeiro (-4,5 mil) e Paraná (-3,8 mil).
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a maior parte das atividades que compõem o Turismo brasileiro permanece ainda sem perspectiva de recuperação significativa nos próximos meses.
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Todos os segmentos acusaram saldos negativos nos últimos seis meses, com destaque para os serviços de alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes (-39,5 mil), e os de hospedagem em hotéis, pousadas e similares (-5,4 mil), além de transporte rodoviário (-1,7 mil).
Faturamento menor
A CNC calcula que, em sete meses (de março a setembro), o Turismo no Brasil perdeu R$ 207,85 bilhões. “Mesmo com as perdas ligeiramente menos intensas nos últimos meses, o setor explorou apenas 26% do seu potencial de geração de receitas durante o período”, disse Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Segundo o estudo, o faturamento do setor turístico apresentou queda de 56,7% até julho, em relação à média verificada no primeiro bimestre.
Menos emprego
Com menos estabelecimentos com vínculos empregatícios, o setor de Turismo também sofreu em relação à empregabilidade. Em seis meses de pandemia, foram eliminados 481,3 mil postos formais de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
“A destruição destas vagas representou uma retração de 13,8% no contingente de pessoas ocupadas nessas atividades. E, na média de todos os setores da economia, a variação relativa no estoque de pessoas formalmente ocupadas cedeu 2,6%”, afirmou Fabio Bentes.
Os segmentos de agências de viagens (-26,1% ou -18,5 mil) e de hotéis, pousadas e similares (-23,4% ou -79,9 mil) registraram os cortes de empregos mais intensos.
(Com Agência Brasil)