O juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Saulo Casali, negou habeas corpus ao lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva, preso pela Polícia Federal na Operação Descobrimento.
A defesa do empresário afirmou no recurso que a ordem de prisão, cumprida no dia 19 de abril, venceu em março passado, com um ano de emissão. Ainda que a justificativa dada para o decreto, ameaça dele a supostas testemunhas de tráfico de droga, seria “falaciosa”.
Rowles Magalhães Pereira da Silva começou a ser investigado em fevereiro de 2020, após a apreensão de mais de meia tonelada de cocaína escondida na fuselagem de um jato, no aeroporto de Salvador (BA).
O juiz Saulo Casali indeferiu a argumentação com a justificativa de que ao longo da investigação aparecerem fatos subjacentes à hipótese de tráfico de droga considerada pela Polícia Federal. Por exemplo, a movimentação do processo do primeiro para o segundo grau de Justiça.
“[A ação] se deslocou do primeiro grau em razão do suposto envolvimento de autoridade pública estadual [referência ao ex-secretário Nilton Borgato], em que se busca desvendar o suposto uso de aeronaves privadas para o transporte de toneladas de cocaína, levando a entender por indícios de existência de organização criminosa”, disse.
É o segundo recurso do lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva indeferido pela Justiça, no caso da Operação Descobrimento. Na semana passada, a 2ª Vara Criminal da Bahia negou o pedido de soltura.