Ednilson Aguiar/O Livre
O presidente do PSDB em Mato Grosso e deputado federal Nilson Leitão criticou os integrantes da oposição que subiram o tom das queixas à gestão do governador Pedro Taques (PSDB) na segunda-feira (13). De acordo com o tucano, o tratamento dispensado por Taques aos opositores é melhor que o oferecido pelo governo de Silval Barbosa (PMDB).
“Eu nunca fui chamado para nada no governo Silval. O governo ia a eventos na minha cidade (Sinop) e ele não me chamava. O governador Pedro Taques não age dessa forma. Já participei de audiências e almoços com Taques e Carlos Bezerra. Esse grupo esteve no poder por 20 anos e é a primeira vez que eles ficam fora de cargos. Eles têm que aprender a ajudar sem cargos”, disparou.
Na segunda-feira (13), em reunião do grupo oposicionista, o senador Wellington Fagundes (PR) e os deputados federais Carlos Bezerra (PMDB) Ezequiel Fonseca (PP) dirigiram diversas críticas à gestão de Taques, que foi chamada de “absolutista” e “refratária”. Leitão evitou comentar os adjetivos usados. “A oposição tem que achar predicados para seu adversário”, disse simplesmente.
O tucano disse ainda que vai se esforçar para manter o PP na base aliada. A sigla do ministro da Agricultura Blairo Maggi rumou oficialmente para a oposição esta semana e lançou a pré-candidatura do secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, a governador em 2018. Enquanto isso, a base governista trabalha com a candidatura natural à reeleição de Pedro Taques.
“Acho que o PP merece um tratamento diferenciado, carinho e respeito. Se o PP não está se sentindo partícipe do governo, vamos mudar isso”, declarou Leitão.
O PP participou da coligação que elegeu Taques com o vice-governador Carlos Fávaro (hoje no PSD). Quando Fávaro mudou de partido, o PP perdeu espaço no governo. Durante algum tempo, foi discutida a possibilidade de o PP assumir a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf), o que não se confirmou.