Carreira

Trabalho duro: a rotina de mato-grossenses que fazem a diferença

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Trabalho duro: a rotina de mato-grossenses que fazem a diferença
(Foto: Repodução/Internet)

O dia começa cedo, às 6h da manhã. Primeiro, arrumando as coisas de casa, depois, ajudando a cuidar das netas. Por fim, trabalhando o dia e, às vezes, até a noite inteira. É a rotina de Vanilda Ribeiro, 51 anos, que trabalha como doméstica há aproximadamente 30 anos. Batalhadora, ela atua em três lugares diferentes.

“Sou doméstica e cuidadora de idosos, então, às vezes entro às 7h da manhã e atravesso o dia. Muitas vezes, mal da tempo de parar para o almoço. Em determinados dias, eu faço plantões e fico a noite toda sem dormir”, ela descreve, acrescentando que isso se repete de domingo a domingo.

Vanilda é uma das muitas mulheres brasileiras responsável pelo sustento da família. A rotina é dura, mas a esperança e o sorriso no rosto são maiores ainda. Segundo ela, o segredo é não se deixar abalar pelas provações que a vida proporciona.

“É necessário levantar todos os dias para lutar. Eu praticamente sustento meu lar, então, tenho que me dedicar em nome da minha família. Usar o dinheiro suado no fim do mês para pagar as contas é gratificante. Um ponto essencial, é sempre agradecer a Deus. Rezar alivia”, ela diz emocionada.

A desvalorização do trabalho feito é o que, por vezes, desanima Vanilda. “Mesmo dando tudo de nós, às vezes, isso acontece”. Dorcas Figueiredo Dias, de 38 anos, que também trabalha como empregada doméstica concorda. Além do trabalho fora de casa – função que ela desempenha há mais de dois anos – ela ainda tem a jornada “particular” por conta das três filhas.

“Já tive outras profissões, trabalho desde quando tinha 14 anos. Devemos batalhar para conquistar as coisas”, diz Dorcas, que às 7h da manhã já está no batente, de onde sai apenas às 17h.

“Tenho orgulho da minha profissão, não tenho vergonha. É gratificante ver o respeito e carinho que a família que eu trabalho tem por mim. Isso se deve ao fato de sempre colocar uma dose de amor nas atividades que eu realizo”, ela comemora.

A experiência das duas mulheres é o que o adolescente Ricardo Oliveira, de 15 anos, espera alcançar um dia. Ele começou suas atividades no mercado de trabalho cedo, mas não largou o foco dos estudos.

“Das 7h às 11h, vou para a escola. Entre as 12h e 22h eu trabalho vendendo picolés e entregando pães. Mesmo trabalhando, não deixei os estudos de lado, pois eles vão me ajudar a ter um futuro muito melhor”, ele reconhece, lembrando que, no meio da rotina agitada, ainda precisa sobrar um tempo para a diversão.

Não muto longe da cidade, onde Vanilda, Dorcas e Ricardo batalham diariamente, o produtor rural, Rogério Evangelista, tem uma rotina até que bem parecida. No caso dele, o dia começa às 5h da manhã, sempre com seu fiel companheiro: o rádio.

“Eu sempre acordo cedo, às vezes, antes mesmo do dia amanhecer. Não importa se faça chuva ou sol, sempre estarei trabalhando, buscando de maneira digna o sustento para minha família”, afirma, pontuando que o dia na lavoura é gratificante, principalmente, por saber que seu trabalho é essencial para a alimentação das pessoas.

“É muito bom ver as frutas crescendo, a produção dando resultados. Todo meu trabalho é realizado imaginando a alimentação, o bem-estar das pessoas. Eu amo a terra, sempre convivi com essa prática, aprendi tudo desde cedo com meus pais, esse ponto é emocionante”, concluiu.

Dia do Trabalhador

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