Depois de 27 anos no Poder Judiciário de Mato Grosso, tomou posse como desembargador, na tarde desta segunda-feira (1º), Mário Roberto Kono de Oliveira, que por 20 anos atuou nos Juizados Especiais. O magistrado, que vai atuar em uma área diferente da que esteve nos últimos anos, espera contar com a experiência para levar novas ideias aos colegas, mas afirmou que não consegue “fazer milagre”.
Mário Kono foi eleito desembargador na tarde de quinta-feira (27), para assumir cadeira deixada pela desembargadora Cleuci Terezinha Chagas, recém-aposentada.
Animado, o magistrado disse esperar que sua experiência e ideia contribua para mais celeridade no Poder Judiciário. Contudo, frisou que não pode fazer milagres. Então, ele espera contar com o “coração aberto” dos colegas para receptividade do que é “novo”. No que depender dos colegas, acolhida é o que não vai faltar. Diversos magistrados e advogados participaram da cerimônia a fim de prestigiá-lo.
“Não vou trazer milagres. Bem que gostaria”, brincou. “Trago as minhas experiências, as minhas ideias, e espero que elas, efetivamente, produzam resultados almejados, que é de trazer a celeridade através das técnicas de informatização e desses princípios de Juizado, que é a celeridade e a economia processual. Esperamos que na prática isso dê resultado, e, se não der, que Deus nos abençoe. O importante é ter a mente aberta e o coração aberto para o que venha de novo”, destacou.
Para o magistrado, cabe aos servidores públicos buscar renovar as ideias a fim de obter melhores resultados a cada dia. “Aqueles que nos antecederam já deixaram uma grande estrada. Cabe à gente dar um passo sempre a mais”, ponderou.
Atuando por anos na área criminal, sendo o responsável pela implantação do projeto Justiça Terapêutica, que visa a recuperação de dependência química, Mário Kono aturará na Câmara de Direito Público e Coletivo.
Magistratura
O magistrado iniciou o curso de Direito na Universidade Estadual de Londrina e o concluiu na Universidade Federal de Mato Grosso, em 1988. Ao ser empossado juiz aos 31 anos de idade, substituiu a carreira de bancário pela magistratura. Também atuou como professor da disciplina de Direito Penal e Direito Processual Penal, no Centro Universitário de Várzea Grande (Univag).