O presidente Michel Temer viajou para São Paulo na tarde de hoje (18) para discutir com advogados o seu indiciamento no inquérito que apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A na edição do chamado Decreto dos Portos.

Temer deixou o Palácio do Planalto pouco antes das 17h. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse ontem (17) que o presidente está “abalado” com o seu indiciamento e de sua filha Maristela. O presidente nega as acusações de favorecimento da Rodrimar S/A na edição do decreto.

decreto foi assinado em maio do ano passado com a justificativa de desburocratizar e flexibilizar operações, concessões e arrendamento de portos brasileiros. Atuante na área portuária, a Rodrimar tem diversos negócios no Porto de Santos, como agência marítima, armazéns alfandegados, terminal de granéis e terminal de contêineres.

Segundo a investigação da Polícia Federal, o pagamento de propina seria a contrapartida da Rodrimar para a edição do Decreto 9.048/2017. O caso veio à tona após o presidente ter sido gravado pela Polícia Federal (PF) em uma conversa telefônica na qual o ex-deputado e ex-assessor de Temer Rocha Loures questiona o andamento do decreto.

O Palácio do Planalto sempre defendeu o decreto e argumenta que foi resultado de “amplo debate” do setor. “Todos os dados são públicos. O assunto não comportava nenhum sigilo ou informação privilegiada, apenas a publicação do decreto que finaliza o longo processo de negociação entre o governo e o setor empresarial, como é comum e legítimo em uma democracia”, argumentou o Palácio do Planalto em outubro do ano passado.

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