Comportamento

Taxa de felicidade dos jovens brasileiros está em queda desde 2013

Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas apontou que o país é o terceiro do mundo com a população jovem mais triste

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Taxa de felicidade dos jovens brasileiros está em queda desde 2013
Foto: Ednilson Aguiar/O Livre

O Brasil ocupa a terceira colocação mundial quando se trata de tristeza entre pessoas jovens. Os dados constam no Atlas da Juventude, elaborado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social).

A autoavaliação geral da felicidade dos jovens brasileiros foi medida pela instituição baseada na média de satisfação com a vida no presente. A escala vai de 0 a 10 e nos últimos oito anos só caiu.

Entre 2013 e 2014, o índice era de 7,2 e reduziu para 6,7 entre 2015 e 2018. Um movimento de queda que teve continuidade durante a pandemia, passando de 6,7, em 2019, para 6,4 em 2020.

O resultado coloca o Brasil como a terceira população jovem mais triste do planeta, num universo de 132 países.

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Mais tristes e mais velhos

O Atlas aponta ainda que a tendência é que o contingente de pessoas consideradas jovens  seja reduzido quase à metade até o fim do século. Atualmente, o Brasil tem 47,8 milhões pessoas nessa “classificação”, ou seja, com idade entre 15 e 29 anos.

E o Brasil não desce a “onda jovem” sozinho. As juventudes devem diminuir seu peso de 24,5% para 20% da população mundial.

Até 2060, o percentual de jovens vai diminuir em 95% dos 201 países com projeções populacionais.

Atualmente, o Japão tem o menor percentual de jovens do mundo (14,7%), seguido de perto por Itália (15%), Espanha (15,3%), Grécia (15,9%) e Portugal (15,9%).

No mesmo período, a juventude brasileira deve ir de 25,2% para 15,3% da população nacional. O percentual de jovens no Brasil deve cair 9,9 pontos percentuais.

Mas o que sentem as juventudes?

Para a FGV, “não há melhor preditor do futuro do país que o universo das juventudes de hoje. É necessário ouvir o que as juventudes sentem e o que elas querem”. Na pesquisa, a instituição ouviu os entrevistados sobre alguns sentimentos.

  • Alegria

Em 2015-2018, 86,6% dos jovens brasileiros afirmaram ter sorrido ou rido muito na véspera, contra 78,6% no mundo. Entretanto, a pandemia derrubou em 10 pontos de porcentagem esta medida, para 76%.

  • Preocupação

Os jovens brasileiros preocupados chegaram a 44,0% em 2015-2018, contra 35,5% no mundo. Em 2019, mesmo antes da pandemia, a proporção de jovens preocupados subiu para 50% e chegou a 59% em 2020.

  • Raiva

O percentual de jovens brasileiros que diz ter sentido raiva na véspera foi menor no Brasil (19,9%) do que no mundo (21,6%) em 2015-2018. A semelhança de outros indicadores de emoções negativas cotidianas a raiva subiu antes e durante a pandemia, atingindo 23% em 2019 e 32% em 2020.

  • Miséria

Em 2020, 28% dos jovens brasileiros relataram que não houve dinheiro suficiente para comprar a comida necessária em algum momento nos 12 meses anteriores. A mesma taxa era 16,8% em 2011-2014 e 25,6% em 2015-2018.

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