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Taques muda discurso e diz que quem prega redução do Estado não conhece MT

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Taques muda discurso e diz que quem prega redução do Estado não conhece MT
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O governador Pedro Taques (PSDB) mudou o discurso e, nesta sexta-feira (29), rechaçou os críticos que pregam a redução do tamanho do Estado. Entre os que criticaram o inchaço da máquina estadual estão dissidentes do seu governo, como o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta (PDT). O tucano afirmou, porém, que defende a proposta do deputado federal Nilson Leitão (PSDB) para diminuir o número de deputados e senadores do Congresso Nacional.

“Algumas pessoas desavisadas ou de má-fé têm o discurso de diminuir o tamanho do Estado. Cuidado com discursos fáceis”, disse Taques, durante inauguração da nova unidade do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) no Parque de Exposições, em Cuiabá, feita com recursos de parceria com o setor produtivo.

“Essa conversa de diminuir o tamanho do Estado é para quem não conhece a realidade do Estado de Mato Grosso”, afirmou.

No evento, o tucano abandonou a defesa do Estado mínimo que costumava fazer no início do governo, quando deixou o PDT e se filiou ao PSDB. Para uma plateia com diversos representantes de entidades da agropecuária – setor que tem clamado pela redução da máquina governamental nos últimos anos, e intensificou o pedido durante a crise da Revisão Geral Anaul (RGA) que levou a uma greve geral de um mês –, Taques defendeu o volume de servidores que Mato Grosso emprega.

“Mato Grosso tem 100 mil colaboradores, dos quais 30 mil estão aposentados. Na ativa, são 70 mil. Desses, 40 mil são servidores da Educação. Temos 765 escolas”, citou, destacando que entregou 45 novas escolas e deve entregar mais 15 até o fim do ano, além de melhorias nos índices da Educação. “Isso significa gestão”, declarou. Taques repetiu essa afirmação por diversas vezes ao longo do discurso.

“Vamos diminuir o tamanho do Estado como? Daqui a pouco, teremos desemprego estrutural no nosso Estado, como em Lucas, em Mutum, onde existe colocação no mercado de trabalho e pessoas sem qualificação para trabalhar, porque não sabem fazer as cinco operações básicas. Elas chegam no Sesi ou no Senar sem a mínima qualificação. Aí vamos diminuir o tamanho do Estado?”, questionou.

Taques citou, ainda, a nomeação de novos servidores na Segurança Pública e a intenção de fazer um novo concurso da Saúde. Para isso, ele disse que aguarda uma autorização do Ministério Público. O governador mencionou ainda a redução no tempo de emissão de licenças ambientais e a aquisição de novas viaturas.

O tucano defendeu que, em vez de reduzir o tamanho da máquina, o governo busque parcerias em determinadas áreas. “Algumas pessoas não conhecem o Estado. Precisamos, sim, pensar uma nova forma de o Estado atuar. Sabe qual é esta nova forma? O que estamos fazendo aqui: parcerias. Usar o dinheiro dos fundos para o próprio produtor”, disse, citando ainda a ideia de conceder à iniciativa privada a rodoviária de Cuiabá e cinco aeroportos do Estado.

Economia e aumento da receita

Pedro Taques mencionou, ainda, que economizou R$ 1 bilhão em custeio – mas não detalhou de que forma essa economia teria sido feita – e incrementou em R$ 1,1 bilhão a arrecadação cobrando grandes devedores e sonegadores, por meio do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). Ele admitiu o desvio de finalidade do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab), usado para pagar empréstimos de obras em rodovias.

“Desviou mas não foi para o bolso. Desviou R$ 500 milhões para outras funções. Se eu não tivesse pago os R$ 958 milhões de operações de crédito em obras de infraestrutura, poderia ter investido em saúde, educação, segurança, e não teríamos um resto a pagar. Mas Mato Grosso estaria no Cadin”, afirmou. “Algumas pessoas não querem fazer conta porque ficam magoadas com a minha cara. Fiquem magoados à vontade. Porque nós estamos construindo um novo futuro”, concluiu.

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