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Taques diz que não vai afastar coronel Siqueira da Sejudh

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Taques diz que não vai afastar coronel Siqueira da Sejudh

GcomMT

 coronel Airton Benedito Siqueira Júnior

Pedro Taques não pretende afastar o coronel Airton Benedito Siqueira Júnior do comando da Sejudh

O governador Pedro Taques (PSDB) negou qualquer intenção de afastar o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Benedito de Siqueira. O secretário foi apontado pela sargento Andrea Pereira de Moura Cardoso como um dos que coordenaram o esquema de grampos no âmbito da Polícia Militar, ao lado do ex-comandante geral da corporação, coronel Zaqueu Barbosa, atualmente preso.

“Em absoluto”, disse Taques na manhã desta quinta-feira, 1º, ao ser questionado se pretendia exonerar o secretário. “Nós não podemos demitir as pessoas com base em notícia de jornal”, completou. “Temos que entender que não podemos julgar as pessoas antes do devido processo legal. Eu não faço isso com base em delações, não faço isso com base em depoimentos que são tomados não sei em que sentido. Nós vamos analisar”, disse.

“Nós não podemos demitir as pessoas com base em notícia de jornal”

Taques disse que não viu o depoimento de Andrea Cardoso, mas negou que as declarações dela gerem suspeição sobre os dois coronéis. “Suspeição é um procedimento judicial. Nem um pouco, eu não sei se eles cometeram esse fato.” Apesar de minimizar as suspeitas sobre Siqueira e Zaqueu, o governador afirmou que o caso é “gravíssimo” e tem que ser investigado.

Escritório de grampos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga o caso, e analisa se há participação do governador. Também foram abertos um Inquérito Policial Militar (IPM), que analisa a participação de policiais militares no caso,  além de investigações internas no Tribunal de Justiça.

Em depoimento colhido pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar e divulgado em sites de notícia da capital, Andrea, que foi apontada como um dos três militares que tiveram acesso a escutas ilegais, informou que um escritório, equipado com telefones e computadores, teria sido montado no prédio  do Edifício Master Center a partir de articulações dos coronéis Airton Benedito de Siqueira Junior e Zaqueu Barbosa, preso desde a semana passada no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ela afirmou que sempre acreditou que as escutas eram legais.

Além de Zaqueu, o cabo Gérson Luiz Ferreira Correa Júnior também está preso, no batalhão da Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), apontado como responsável por assinar os pedidos de escutas telefônicas ilegais e por produzir os relatórios de inteligência a partir dos grampos. 

Os promotores de Justiça Mauro Zaque e Fábio Galindo denunciaram o esquema de escutas ilegais quando comandavam a pasta de Segurança Pública (Sesp), em 2015. Zaque afirmou que o governador tinha conhecimento do caso. Taques, por sua vez, tachou a denúncia verbal que Zaque havia feito a ele de “fofoca”. 

Os grampos ilegais foram feitos por meio de uma tática conhecida como “barriga de aluguel”, em que telefones de pessoas que não têm relação com o processo são incluídos nos pedidos de quebra de sigilo. Desse modo, um processo que trata de tráfico de drogas foi usado para quebrar ilegalmente o sigilo de um celular do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), da deputada estadual Janaina Riva (PMDB), dos jornalistas José Marcondes “Muvuca” e Larissa Malheiros, do advogado José do Patrocínio, além de médicos, empresários e outras pessoas.

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