Ednilson Aguiar/O Livre
O governador Pedro Taques (PSDB) defendeu os policiais militares que se tornaram réus no processo que trata de grampos ilegais. Na sessão de quinta-feira (14), o Tribunal de Justiça aceitou a denúncia contra os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros, o tenente-coronel Januário Batista e o cabo Gerson Correa.
“Os policiais que trabalharam comigo como secretários da Casa Militar vieram do Gaeco. Ao meu juízo são pessoas sérias, decentes. Eu não conheço nenhum fato que desabone. Mas, se existir, tem que ser investigado. Não sou aqueles que douram a pílula”, afirmou, em entrevista ao programa Estúdio Livre, da Rádio Band FM, na noite de sexta-feira (15).
Pedro Taques cobrou que sejam expostas também investigações contra magistrados e membros do Ministério Público que estariam envolvido no caso dos grampos. “Nunca pedi que fizessem [grampos]. Se houve, isso tem que ser investigado. Agora não só policiais. Segundo o próprio Perri, tem magistrados investigados e membros do Ministério Público”, disse.
Ele observou, ainda, que a abertura do processo penal “inaugura o contraditório e ampla defesa. Antes era investigação.”
Barriga de aluguel
Os cinco militares são acusados de envolvimento em um esquema de grampos ilegais usando o método “barriga de aluguel”, em que números de telefones de cidadãos comuns, sem relação com a investigação, são inseridos em operações que interceptam organizações criminosas. O esquema teria começado nas eleições de 2014 e continuado nos anos seguintes.