Em meio à insegurança em relação ao futuro da carne brasileira no mercado internacional, o governador Pedro Taques (PSDB) saiu em defesa da produção de Mato Grosso. Neste domingo, 19, ele disse que o Estado tem trabalhado de forma árdua para garantir a qualidade da carne e lembrou que nenhum frigorífico de Mato Grosso está envolvido.
Taques também lamentou a generalização que se seguiu à deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. “Dos mais de 4 mil frigoríficos que nós temos no Brasil, 0,3% estão envolvidos na investigação e nenhum desses é de Mato Grosso. Isso mostra o trabalho que estamos fazendo pela defesa sanitária animal e também vegetal”.
Para o governador, a operação pode, em curto espaço, prejudicar o mercado, mas disse acreditar que o impacto será amenizado pelo fato de Mato Grosso ser o único do país a ter um instituto da carne reconhecido mundialmente, o IMAC.
“É sexto a ser criado no mundo. O IMAC trata da rastreabilidade e da certificação do nosso gado bovino. Não é por acaso que o Carrefour, uma grande rede de supermercados, vai comprar carne de Mato Grosso”, destacou.
Nesta segunda-feira, 20, Taques se reúne com representantes da cadeia produtiva para discutir a repercussão da operação. Também participam do encontro o secretário de Estado de Desenvolvimento Ricardo Tomczyk e o presidente do Imac, Wagner Bacchi.
Para o governador, existe a necessidade de mais esclarecimento ao consumidor. “É preciso ficar atento, mas não podemos cair em informação desencontrada”, disse.
Operação Carne Fraca
Deflagrada na sexta-feira pela Polícia Federal , a carne fraca investiga fraudes em carnes produzidas por 21 frigoríficos, vendidas no Brasil e no exterior. Segundo a PF, fiscais do Ministério da agricultura recebiam propina para liberar licenças sem realizar a fiscalização adequada nos frigoríficos.
A investigação indica que eram utilizadas substâncias químicas para maquiar a carne vencida, e que água era injetada nos produtos para aumentar o peso.
