Política

Tachado de “arrogante”, Abílio se mantém isolado na pré-candidatura a prefeito

PSL queria a vice-prefeitura, mas Abílio recusou. Sua intenção era atrair Felipe Wellaton, que também está irredutível no projeto de ser prefeito de Cuiabá

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Tachado de “arrogante”, Abílio se mantém isolado na pré-candidatura a prefeito
Abílio Junior (Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Polêmico pela sua atividade parlamentar de extrema oposição, o vereador Abílio Júnior (Podemos) dá continuidade a seu projeto de pré-candidato a prefeito de Cuiabá de forma isolada, sem alianças definidas.

Sua postura tem sido considerada “arrogante” por partidos que tentaram se coligar. A acusação é que Abílio não tem “humildade” para um trabalho em conjunto.

Abílio discorda. Ao LIVRE disse que aquilo que seus potenciais aliados interpretam como arrogância, na verdade, é a sua forma de fazer política “sem negociar” cargos ou ofertar ou receber dinheiro para investir em sua campanha eleitoral.

Dois partidos já estiveram à mesa com o vereador: o PSL e o Cidadania.

O PSL tentou compor chapa com a proposta de apresentar um nome para o cargo de vice-prefeito. Abílio recusou com a justificativa de que, em seus planos, já existe um nome ideal: o vereador Felipe Wellaton (Cidadania), que também é pré-candidato a prefeito.

Dificuldade de coligação

Abílio avalia que, além da sua postura inflexível sobre alguns temas, outros fatores contribuem para que seu projeto político esteja em uma conjuntura autônoma.

“Não temos dinheiro. O que muitos partidos buscam é dinheiro para puxar campanha”.

Junto a isso, outro fator que, segundo o pré-candidato, dificulta a formação de uma aliança é o fato de o Podemos ter pré-candidato ao Senado: o deputado federal José Medeiros.

“Muitos partidos vão lançar candidatos a prefeito para otimizar seus candidatos ao Senado”, ele explica.

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O terceiro item nesta lista seria o fato de o Podemos ser um partido de direita e, na avaliação de Abílio, poucos se alinham a siglas desta corrente política.

Governabilidade

Se Abílio já enfrenta problemas para se coligar com partidos que possuem bandeiras parecidas com a sua, como será ao administrar a cidade – caso obtenha êxito nas eleições – dependendo da Câmara de Vereadores para transformar seu projetos em políticas públicas?

O poder Legislativo municipal, apesar de ter apresentado um índice de renovação de 52%, com a eleição de 13 novos vereadores em 2016 – incluindo Abílio Júnior –, possui membros que mantêm histórico de sucessivas reeleições e que estão, neste momento, na oposição ao pretenso candidato.

Para resolver este possível problema de governabilidade, Abílio afirma que sua meta é não apenas “arrancar” o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) do poder, mas também grande parte dos vereadores que compõem o quadro de legisladores em Cuiabá.

Estratégias políticas

Em abril deste ano, Abílio se filiou ao Podemos. Foi atraído pela força política do deputado federal José Medeiros e pela ex-senador Selma Arruda que, embora tenha sido cassada,  ainda mantém capital político.

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Antes, o vereador estava filiado ao PSC, que também é um partido de direita mas, segundo Abílio, por conta do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se coloca como oposição ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Um dos motivos para Abílio procurar uma nova sigla.

“Eu acredito que a postura do Witzel poderia me atrapalhar em um projeto futuro. Eu não poderia vir a ser candidato a prefeito tendo um possível candidato a presidente como o Witzel”.

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