Mato Grosso

Supostos crimes de feminicídio vão ser julgados neste mês em Cuiabá

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Supostos crimes de feminicídio vão ser julgados neste mês em Cuiabá
Foto: Ednilson Aguiar / O Livre

O Tribunal do Júri de Cuiabá (júri popular) vai julgar neste mês alguns casos polêmicos de tentativa de homicídios ou fato consumado. Entre os crimes estão assassinatos de mulheres cometidos por seus parceiros, caracterizados como “feminicídios”.

Na quarta-feira, 10 de outubro, o servidor público João Batista Andrade será julgado pelo homicídio qualificado (emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) da então namorada Silvania Menegildo Valente.

O crime ocorreu em novembro de 2011, no bairro Santa Amália, em Cuiabá. De acordo com a denúncia do Ministério Público, o denunciado desferiu golpes de um machado sem cabo contra a vítima. Segundo depoimentos colhidos em instrução judicial, o casal teria consumido álcool e drogas no dia do crime.

Jhony Marcondes irá a júri na segunda-feira (15) pela morte da convivente Adriana Aparecida de Siqueira e da filha dela, Andressa Maria Vilharga de Siqueira Santos. Os crimes foram cometidos em agosto de 2017, no bairro Morada da Serra, na capital.

Consta na denúncia que o acusado agiu por motivo fútil, valendo-se de meio cruel e com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima quando matou mãe e filha, bem como visando assegurar a impunidade do primeiro crime quando fez a segunda vítima. “O acusado agiu contra duas mulheres, por suas especiais razões da condição do sexo feminino, no âmbito da violência doméstica”, consta no processo.

Os feminicídios teriam ocorrido após uma briga por ciúmes. Ao ver uma conversa no celular de Adriana com outro homem durante o último rompimento do casal. Movido pelo ciúme, Jhony “apoderou-se de um martelo e passou a desferir inúmeros e violentos golpes na cabeça da vítima, até que em virtude da multiplicidade e brutalidade dos golpes ela fosse a óbito, evidenciando a crueldade do meio empregado pelo denunciado”.

Após matar a Adriana, o acusado, para assegurar a impunidade do crime, tirou a vida da filha dela. Ele desferiu diversos golpes de martelo e de canivete na cabeça da vítima.

No dia 16 de outubro, terça-feira, o Conselho de Sentença julgará o pedreiro Francisco Edmar Freire Cunha por matar sua companheira, Maria Betânia Pereira da Silva Cunha. Ela foi morta em agosto de 2014, no bairro Osmar Cabral.

A vítima foi morta com golpes de barra de ferro (recurso que dificultou a defesa da vítima). O crime não é enquadrado como feminicídio porque foi praticado antes da aprovação da Lei n° 13.104/2015, que prevê essa qualificadora.

Anderson Soares Caetano Ferreira e Julio Cesar Carvalho serão julgados no dia 18, quinta-feira, de pelo homicídio de Yago Rodrigues Monge e pela tentativa de assassinato de Suellen Cristina Pinho da Silva, Wallaci Gustavo da Costa Silva e Pedro Henrique Rondon Silva da Guia.

Os crimes ocorreram durante um baile de carnaval na Praça Cultural do bairro Parque Cuiabá, em fevereiro de 2012. Conforme a denúncia, os acusados chegaram à festa acompanhados de Daniela Nascimento Rodrigues, ex-mulher de Yago.

O homem que foi morto teria iniciado uma discussão por ciúmes de Daniela e os réus teriam revidado efetuando disparos de arma de fogo. De acordo com as provas, os projéteis disparados atingiram outras três vítimas, que foram socorridas a tempo e salvas.

Fechando o mês, no dia 30 de outubro irão a júri Nilton Cesar da Silva, Wagner Rogério Neves de Souza e Luiz Carlos Chagas Rodrigues pelo homicídio qualificado de Douglas Wilson Ramos, tendo como agravantes: roubo majorado, associação criminosa e ocultação de cadáver.

O processo chegou a ser desmembrado no ano passado, mas, em agosto deste ano, houve o remembramento dos réus. Segundo restou apurado, o denunciando Nilton explorava o comércio de vendas de cimento e tinha a vítima Douglas, seu concunhado, como sócio. Em razão de desentendimentos, Douglas resolveu trabalhar por conta própria, no mesmo ramo comercial.

(Com assessoria).

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