O empresário Emílio Populo Souza Machado ingressou na terça-feira (23) com pedido de cassação de mandato de deputado estadual do pecuarista Gilberto Cattani (PSL) por infidelidade partidária.
A ação protocolada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é assinada pelos advogados José Antônio Rosa, Renato Orro e Robélia da Silva Menezes. O pedido foi distribuído ao gabinete do juiz Sebastião Monteiro da Costa Júnior.
Com a morte do deputado estadual Silvio Fávero (PSL) no dia 13, por infecção generalizada em decorrência da nova variante da covid-19, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa deu posse ao pecuarista Gilberto Cattani.
Concorrendo em 2018 a uma vaga na Assembleia Legislativa pela chapa pura do PSL, Cattani obteve 11.629 votos. Dois anos depois, deixou o partido para se filiar ao PRTB e concorrer ao Senado na eleição suplementar. Ele foi o primeiro suplente da chapa encabeçada pelo empresário Reinaldo Morais (PSC), o “Rei do Porco”. Porém, no final de fevereiro, retornou ao PSL.
Por isso, a defesa do empresário Emílio Populo sustenta que houve infidelidade partidária ao trocar o PSL pelo PRTB.
Nas eleições de 2018, Emílio Populo obteve 6.364 votos, o que lhe permitiu ser diplomado como segundo suplente pela Justiça Eleitoral.
Na ação protocolada na Justiça, Populo critica a direção estadual do PSL que publicamente declarou entender que a vaga a ser herdada pela vaga de Silvio Fávero pertence ao pecuarista Gilberto Cattani. Além disso, lança suspeita de fraudes na filiação de Cattani ao PSL.
“Até essa data, ou seja, 27/02/2021, o Requerido estava filiado ao PRTB e não fez qualquer menção a filiação ao PSL, muito pelo contrário as suas manifestações dão a entender que não retornaria ao partido, diante da suposta traição ao Presidente Bolsonaro, ainda mais diante das sérias críticas a um Deputado Estadual filiado ao PSL”, diz um dos trechos.