Marcos Lopes/ALMT
Meraldo Sá é o primeiro suplente da coligação
O suplente de deputado estadual Meraldo Sá (PSD) disse que está constrangido com a possibilidade de assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa por causa da prisão do deputado Gilmar Fabris (PSD). Fabris foi preso e afastado do cargo por decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (15), suspeito de ocultar provas na Operação Malebolge (12ª fase da Ararath), da Polícia Federal.
Segundo o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), para que um deputado continue preso, é preciso que o plenário do Legislativo autorize a manutenção da prisão. Gilmar Fabris é também vice-presidente da Mesa Diretora.
“Eu fico constrangido. Jamais gostaria de assumir o cargo de deputado dessa forma. É só porque eu sou o suplente… mas é algo que ninguém quer”, afirmou Meraldo ao LIVRE. Ele disse que ainda não foi comunicado sobre realização de posse ou qualquer procedimento burocrático para assumir a cadeira. “O que eu sei é o que vi na imprensa”, disse.
Essa será a segunda vez que Meraldo assume a cadeira nessa legislatura. A primeira foi no início de 2016, justamente na cadeira de Fabris. À época, o titular se licenciou para dar ao suplente a oportunidade legislar por algum tempo, no que é conhecido como rodízio.
Meraldo já foi prefeito de Acorizal, presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e titular da extinta Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), no governo de Silval Barbosa (PMDB). Atualmente, ele trabalha como assessor parlamentar no gabinete do deputado Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD).
Ele obteve 18.006 votos em 2014 e alcançou a segunda suplência da coligação, enquanto Fabris ficou com a primeira suplência. No entanto, a morte do titular da cadeira na Assembleia, Walter Rabello (PSD), em dezembro de 2014, de úlcera e hemorragia gástrica, levou Fabris a ser diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) como titular da vaga e Meraldo como primeiro suplente.
