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STJ nega liberdade a Paulo Taques e ex-secretário continua preso

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STJ nega liberdade a Paulo Taques e ex-secretário continua preso

Ednilson Aguiar/O Livre

Ex-secretário Paulo Taques Casa Civil

Paulo Taques: preso pela segunda vez no caso dos grampos ileis, ele teve o pedido de habeas corpus negado

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liberdade ao advogado e ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, no caso dos grampos. O ex-secretário foi preso, pela segunda vez, em 27 de setembro durante a deflagração da Operação Esdras, da Polícia Judiciária Civil, que desmontou um esquema montado para obstruir as investigações contra envolvidos nos grampos telefônicos.

A decisão foi dada pelo ministro Ribeiro Dantas nesta sexta-feira (06). O ministro ainda solicitou informações e determinou vistas ao Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o desembargador Orlando Perri, relator do caso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Paulo Taques seria “um dos prováveis líderes da organização criminosa” responsável por grampear deputada, desembargador, vereador, advogados, médicos, jornalistas e outras pessoas de interesse da cúpula do governo do Estado. Até mesmo números de uma ex-amante e de uma ex-secretária de Paulo foram incluídos nas interceptações telefônicas ilegais.

O ex-secretário já havia sido preso em agosto, por decisão de Perri, mas conseguiu um habeas corpus no STJ e foi solto.

As vítimas tiveram seus telefones incluídos em diversas investigações policiais, com as quais elas não guardavam qualquer relação. Os grampos foram realizados em uma investigação contra o tráfico de drogas na região de Cáceres e nas operações Forti e Querubim. Telefones também foram grampeados durante as eleições municipais em Lucas do Rio Verde, em 2016.

No dia 27, a PJC deflagrou a Operação Esdras contra pessoas que tentavam obstruir as investigações. Paulo Taques teria violado o segredo profissional, como advogado. Informações de que o tenente-coronel José Henrique Costa Soares, cliente de Paulo, seria dependente químico foram utilizadas para chantageá-lo a participar de um esquema para tirar Orlando Perri da relatoria do caso.

O desembargador atribuiu ao ex-chefe da Casa Civil ao menos sete crimes – corrupção ativa, coação no curso do processo, integrar organização criminosa, embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa, prevaricação, denunciação caluniosa e violação do segredo profissional –, que somam 37 anos de prisão.

O ex-secretário nega que tenha ordenado a realização dos grampos ou que tenha participado de uma tentativa de embaraçar as investigações.

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