O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi afastado do cargo nesta sexta-feira (28) pelo Superior Tribunal Justiça (STJ), em meio a uma investigação sobre irregularidades na área da Saúde.
O órgão também mandou prender o presidente do PSC, Pastor Everaldo, segundo informações da CNN Brasil. Witzel, no entanto, não será preso, apenas afastado do cargo. Com o afastamento dele, quem assume o governo do Estado é o vice Cláudio Castro (PSC).
As ações são determinações do STJ na Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo. Entre os alvos, estão o governador do RJ, o vice-governador Cláudio Castro e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT).
Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão no Palácio Laranjeiras (residência oficial do governador do RJ) e contra a primeira-dama do RJ, Helena Witzel.
Além do Pastor Everaldo – mentor da campanha do governador e que não tinha cargo no governo –, são alvos dos mandados de prisão Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, e Sebastião Gothardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda.
Outro lado
Em nota à CNN Brasil, a defesa de Witzel disse que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”. Os advogados afirmaram que aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis.
O PSC também divulgou nota e disse que “o Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades e reitera sua confiança na Justiça.” O presidente do partido seria ouvido pela Comissão da Saúde e Covid-19 da Alerj no dia 3 de setembro para falar sobre irregularidades na Saúde. A presidente da comissão, deputada Martha Rocha (PDT), vai enviar ofício ao Sistema Penitenciário para ouví-lo.
(Com informações da CNN Brasil)