Reprodução/Facebook
O Supremo Tribunal Federal (STF) negou a devolução dos aparelhos celulares do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), e de sua esposa, Terezinha Maggi.
Os telefones foram apreendidos durante a deflagração da Operação Malebolge, no dia 14 de setembro, na qual Maggi é acusado de crimes como obstrução de Justiça e formação de organização criminosa.
Segundo a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Blairo teria pago R$ 3 milhões ao ex-secretário Eder de Moraes para que ele mudasse um depoimento dado ao Ministério Público Federal (MPF).
O depoimento continha informações sobre a suposta compra de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), que acabou sendo ocupada pelo conselheiro Sérgio Ricardo.
Na delação de Silval, o MPF também indica que Maggi seria a “liderança mais proeminente” em esquemas de corrupção supostamente realizados durante as gestões dos dois ex-governadores. O ministro nega qualquer participação em atos de corrupção e diz que Silval só o citou para sair da prisão.
Os telefones de Maggi e de sua esposa foram apreendidos porque o ministro Luiz Fux, relator do caso no STF, autorizou a Polícia Federal a colher “qualquer elemento” que pudesse ajudar a esclarecer os fatos. Ao negar a devolução dos aparelhos, Fux reforçou a necessidade de que os telefones fossem levados.
O ministro do STF afirmou também que apreender bens que pertencem a pessoas que moram com o investigado também faz parte das investigações. Do contrário, iria se criar um ambiente de “imunidade” a Maggi e outros.
Fux ainda pediu “máxima celeridade” nas análises feitas nos celulares para que, assim que possível, eles sejam devolvidos ao ministro da Agricultura e sua esposa.