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Solidariedade na pandemia: fotógrafa ajuda comerciantes com fotos de graça para produtos

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Solidariedade na pandemia: fotógrafa ajuda comerciantes com fotos de graça para produtos
(Foto: Arquivo Pessoal)

Fazer o que ama para ajudar o próximo em tempos difíceis como o que vivemos. Essa é a motivação da fotógrafa Érika Pires, 29. No ramo há três anos, ela registra batizados, partos, eventos corporativos. Mas os eventos preferidos são os aniversários infantis, já que ela é “uma crianceira”.

“Gosto muito de estar nos eventos, sou muito carismática, gosto de falar, meu jeito é alegre, estou sempre para cima”, afirma.

A pandemia de coronavírus, porém, inviabiliza a aglomeração de pessoas e – consequentemente – os eventos programados para os próximos dias foram suspensos.
Com isso, os trabalhos de Érika que já estavam agendados também foram cancelados.

Em casa, sem fotografar desde março, ela pensou em inúmeras maneiras de fazer o que mais gosta. “Só queria em sair, ir em um parque tirar umas fotos, brinca.

(Foto: Érika Pires)

Eureka!

A pandemia de coronavírus também tem mudando a forma de consumo. O delivery se tornou uma das alternativas mais buscada por clientes e empresários.

Há cerca de uma semana, na véspera do aniversário, ela ainda tinha as mesmas inquietações quando o marido sugeriu encomendar um lanche para a refeição. A lanchonete escolhida não tinha fotos atraentes dos produtos.

Eis que a ideia surgiu na cabeça da fotógrafa. “É isso, pensei! Vou ajudar quem não tem fotos bonitas dos produtos”, lembra animada.

A ideia de Érika é ajudar a atrair os clientes, num momento onde as empresas e os pequenos negócios estão se reinventando.

“Meu intuito é que eles continuem vendendo e possam manter as portas abertas e funcionárias trabalhando. Penso em quem tem que manter o emprego porque é o único ganha pão da família”, ressalta.

(Foto: Érika Pires)

Nada em troca

A fotógrafa não pede nada em troca pelo serviço. Para o trabalho, a única coisa que ela pede é que o produto seja levado até a casa dela, onde as fotos são tiradas. O contato é feito pelas redes sociais.

“Até o produto eu devolvo depois. Peço para a pessoas esperar, se ela quiser, ou passar depois para pegar”, explica.

O espaço é improvisado. As imagens são tiradas na mesa da casa dela. A iluminação é de estúdio profissional e estava guardada esperando a hora de ser usada. Isso porque, o sonho de Érika é montar o próprio estúdio.

Ela não tem medo da sobrecarga de trabalho. Pelo contrário, é justamente isso que elar quer: ocupar o tempo livre fazendo o que gosta.

A teia de solidariedade tem se formado. Outros fotógrafos de Cuiabá já entraram em contato com ele para oferecer ajuda, caso o fluxo de pedidos aumente.

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