“A dívida é do Governo do Estado, não é dívida do Pedro Taques. A dívida é do Estado e existe o princípio da continuidade”, disse o governador Pedro Taques (PSDB), nesta sexta-feira (7), após ser questionado se dívidas com fornecedores seriam quitadas por ele ou se ficariam para o próximo governador, Mauro Mendes (DEM).
Em agosto foi publicado no Diário Oficial um decreto em que autoriza o parcelamento das dívidas inscritas em restos a pagar em até 11 vezes. Taques, à época, chegou a dizer que o montante seria de cerca de R$ 500 milhões.
Na quarta-feira passada (5), Mauro Mendes apresentou aos deputados estaduais um estudo que aponta um déficit orçamentário deste ano de quase R$ 1,9 bilhão. Ele, inclusive, falou que sem dinheiro em caixa “muita gente vai ficar sem receber”.
O próximo governador de Mato Grosso ainda frisou que “está é a dura realidade do Estado de Mato Grosso”. Pedro Taques, por sua vez, disse que “ninguém [governo] termina tudo sem dívida”. O atual governador também destacou que vai deixar o Estado com um saldo de orçamento negativo menor do que ele recebeu, em 2015.
A solução para as questões orçamentárias, de acordo com Mauro, seria aumentar a arrecadação em R$ 750 milhões e economizar outros R$ 750 milhões. “Vamos buscar o equilíbrio, tem que vir metade do corte de despesa e metade do aumento da receita”, explicou Mauro Mendes.
Como forma de ajudar na arrecadação, o próximo governador de Mato Grosso vai encaminhar para a Assembleia Legislativa uma nova lei do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), já que o atual, Pedro Taques (PSDB), não deve prorrogar a contribuição adicional do Fundo, que se encerra dia 31 de dezembro.