Mais duas pessoas apresentaram sintomas de intoxicação semelhantes aos dos oito pacientes que podem ter ingerido cerveja contaminada em Minas Gerais.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, chega a 10 o número de casos suspeitos. Uma pessoa morreu.
A doença misteriosa alarma a população desde o início da semana. A investigação dos órgãos responsáveis aponta, preliminarmente, para dois lotes da cerveja Belorizontina, produzida pela Backer, como possível causa.
A cerveja teria sido contaminado por uma substância tóxica chamada dietilenoglicol. O produto é usado em sistemas de refrigeração, devido a suas propriedades anticongelantes. Em nota, a Backer sustentou, entretanto, que não o utiliza em seu processo de fabricação e, por isso, não saberia explicar como ele foi parar em sua cerveja.
Exames realizados pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil mineira comprovaram a presença do dietilenoglicol em amostras da Belorizontina recolhidas nas casas de pacientes.
Embora o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tenha decidido interditar a cervejaria Backer e apreender 16 mil litros de cervejas que estavam prestes a serem distribuídos para venda, o caso ainda está sob investigação.
Em nota divulgada no sábado (11), a Backer destaca que a interdição de sua fábrica não representa que a empresa tenha sido responsabilizada administrativa ou criminalmente pelo estado dos pacientes internados.
Sustentou ainda que, conforme programado e já anunciado, interrompeu suas atividades para vistoriar todos os seus processos de produção.