Cidades

Sindimed diz que falta de estrutura de atendimento contribuiu para morte de médicos

Entidade aponta erro no fluxo de pacientes com sintomas dentro das unidades e afirma que consultórios não têm ventilação

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Sindimed diz que falta de estrutura de atendimento contribuiu para morte de médicos
Imagem ilustrativa (Foto: Freepik)

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) atribui a morte de dois profissionais e a infecção de 112 por covid a falta de estrutura de atendimento, tanto na rede pública como privada.

Segundo a entidade, não existe um fluxo adequado para os pacientes que apresentam os sintomas nas unidades e grande parte dos consultórios não tem ventilação, o que torna o ambiente favorável ao contágio.

As estatísticas, que são do Conselho Regional de Medina (CRM), tendem a crescer, caso não sejam tomadas medidas eficazes, afirma o diretor de comunicação do Sindimed, Adeildo Lucena. Ele diz que a situação não afeta somente os médicos, mas todos que estão na linha de frente.

Em uma reunião realizada na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (29), a entidade defendeu a instalação de tendas abertas para atendimento, bem como reforço nas ações de acompanhamento dos doentes que estão em casa e a distribuição de “kit covid” para quem apresentar os sintomas.

Assim, os pacientes não precisariam ir até as Unidades de Pronto-atendimento(UPAs), que estão lotadas, o que aumenta o risco de proliferação da doença.

“Não é só atender e medicar. Se faz necessário acompanhar os pacientes suspeitos ou já confirmados. A coordenação dos cuidados é muito importante para se antecipar o agravamento dos casos. Com uma coordenação adequada isso pode ser feito na atenção primária, que dispõe de profissionais competentes e comprometidos. Só precisam de proteção e condições de trabalho. Médicos têm, o que falta é gestão. ”, sugeriu Lucena.

Quanto à distribuição de medicamentos, o diretor explicou que vários relatos de médicos chegam ao conhecimento da entidade. Eles falam que os doentes não estão encontrando o remédio para vender nas farmácias.

Vítimas fatais

Os médicos que morreram por conta da doença foram Agnaldo Cesário da Silva – 22 de julho -, de Lucas do Rio Verde, e Reinaldo de Oliveira – 28 de julho -, de Cuiabá.

(Com informações da Assessoria)

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