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Sindifrigo-MT discute sobre o combate a Brucelose com entidades representativas

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Sindifrigo-MT discute sobre o combate a Brucelose com entidades representativas
Foto: Assessoria

A diretoria do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) se reuniu com representantes do Ministério da Agricultura, Indea, Famato, Acrimat para discutir sobre a Brucelose, doença dos animais que é transmissível ao homem.

A presença desta enfermidade leva à quebra na produção animal e torna o produto da pecuária vulnerável às barreiras sanitárias, diminuindo sua competitividade no comércio internacional.

A vacinação contra brucelose é obrigatória em duas etapas semestrais por ano, em Mato Grosso, utilizando dose única da vacina B19 em fêmeas de 3 a 8 meses de idade.

A primeira etapa ocorre de 01 de janeiro até 30 de junho, com prazo máximo de comunicação até 10 de julho. A segunda etapa é de 01 de julho a 31 de dezembro, com prazo máximo de comunicação até 10 de janeiro do ano seguinte.

A indústria se mostrou receptiva a solicitação do Ministério da Agricultura e do Indea e se comprometeu com o engajamento para a erradicação da Brucelose em Mato Grosso.

Para Janice Leones Pardal, chefe de Serviço da Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso, “é imprescindível a entrada, o alinhamento da indústria nesse projeto todo, porque quando a gente vai fechar o ciclo da eliminação de animais positivos, a prevalência da Brucelose é alta no estado e precisa ser diminuída. Com isso nós temos duas ferramentas, uma delas é a vacinação que está sendo feita e a outra eliminar a fonte de infecção que está dentro da propriedade A única maneira de fazer isso é via frigorífico, um animal uma vez identificado como reagente  vai para o frigorífico para que possa ser abatido, e aí a gente conseguiu eliminar o problema da propriedade”.

“Mato Grosso tem a maior prevalência do país, nós em 2002 tínhamos tido 48 propriedades com pelo menos um animal positivo, 10% das fêmeas positivas também, no segundo estudo ano, depois com a vacinação muito intensa, nós chegamos a 24% de propriedades notificadas, e 5.1% de fêmeas reagentes,  foi uma queda significativa, no entanto muito alta e em comparação à Santa Catarina e  Rio Grande do Sul, que é o outro extremo,  tem 0,6% de  prevalência. Então, Mato Grosso com o maior rebanho bovino do Brasil tem também a maior prevalência e responsabilidade”, afirma Pardal.

Segundo Marcos Coelho de Carvalho, analista de pecuária da Famato, “a partir do instante que foi criado o comitê de combate à Brucelose em Mato Grosso, e que a indústria começou a integrar, encaramos esse problema  e realmente buscamos controlar a doença dentro do estado. Para isso, temos incentivado o produtor, ele tem que sentir-se incentivado a buscar medidas de controle da doença, como a vacinação”.

O representante da Acrimat, Francisco de Sales Manzi, ressalta que “é fundamental a indústria participar dessa discussão acerca da doença, já que a indústria não funciona sem a matéria prima que vem do produto. É importante a cadeia estar alinhada, e a carne chegar certificada na mesa do consumidor”.

O coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Brandi Nelson afirma que “é de extrema importância a participação dos frigoríficos nessa discussão, a defesa sanitária animal, em muitos aspectos o frigorífico se torna um local de identificação da doença e também da resolução desse problema em relação à Brucelose”.

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