Cidades

Sindicato dos médicos pede lockdown imediato em Cuiabá e Várzea Grande

Profissionais denunciam sobrecarga do sistema de Saúde, situações precárias de trabalho e falta de medicamentos

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Sindicato dos médicos pede lockdown imediato em Cuiabá e Várzea Grande
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) encaminhou um ofício para as Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande pedindo o bloqueio total (lockdown) e imediato das duas cidades, que são separadas apenas por pontes.

Eles alegam que o sistema de Saúde está em colapso e apontam a necessidade de se instalar hospitais de campanha para tentar conter a proliferação da covid-19. Um dos locais sugeridos é a Arena Pantanal.

Segundo a entidade, não existem mais leitos disponíveis na rede particular e nas unidades públicas faltam remédios, Equipamento de Proteção Individual (EPI) e nem mesmo as condições de limpeza e higiene são condizentes com a situação.

Os médicos afirmam que faltam medicamentos para sedação, essenciais para quem está entubado. Também há escassez de oxigênio, o que dificulta a recuperação dos pacientes, que em estado grave, têm o comprometimento do sistema respiratório.

Relatam ainda que a precariedade faz com que poucos consigam sair das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com vida.

As condições, conforme o sindicato, representam uma ameaça à população e aos profissionais, que precisam atuar em plantões exaustivos tanto pela demanda, quanto pelas horas extras.

Outra reclamação é com relação a organização dos trabalhos. É comum, segundo os médicos, que pacientes classificados como verde ou azul – que demandam menos urgência – ficarem na mesma recepção dos suspeitos de covid-19. Uma espera que, por vezes, dura mais que 4 horas.

Afrouxamento

De acordo com a entendida, o afrouxamento das regras de isolamento social foi sentido nas unidades de saúde. Por isso, os médicos defendem o fechamento total como estratégia para se reduzir o número de novos casos.

Para o sindicato, a inadequada efetivação do isolamento social contraria o que afirmam especialistas e as medidas adotadas por outros países.

Vale lembrar que o Ministério Público do Estado entrou com uma ação na Justiça pedindo que as Prefeituras das duas cidades decretem o lockdown.

Proposta no fim da semana passada, a ação resultou em duas reuniões entre prefeitos e com a presença do governo do Estado. Uma delas realizada nesta segunda-feira (22).

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